A primeira fase do estádio municipal de Santa Catarina, que consistiu na colocação de relva sintética, construção da bancada com capacidade para 1.200 pessoas e conclusão dos balneários e a pintura geral, é inaugurado sábado pelo ministro Elísio Freire.

A primeira fase está orçada em 32 mil contos (290.210 euros) e foi uma parceria entre a edilidade e o Governo e com o apoio da CVtelecom que financiou a pintura geral da infraestrutura, sendo que a inauguração se enquadra no programa do Dia do Município e de Santa Catarina.

Para o edil Alberto Nunes, trata-se do cumprimento de uma das promessas de campanha que consistia em disponibilizar aos jovens de Santa Catarina um campo relvado já no primeiro ano do mandato, acrescentando que o espaço constitui um dos maiores ganhos para a juventude de Santa Catarina.

O edil de Santa Catarina do Fogo, Alberto Nunes, disse à Inforpress que a segunda fase que consistirá na construção da tribuna e das bancadas laterais (02) assim como a cabine de imprensa deverá ser materializada até o final do mandato, observando que o financiamento só para a bancada é de 14 mil contos (126.967 euros), montante que a edilidade não dispõe de momento.

Quanto a polémica à volta da “retirada” do nome a esta infraestrutura desportiva com dimensão regulamentar, 100 por 64 metros, Alberto Nunes disse que Pinto Veiga tem muitos títulos pessoais mais que nada fez de relevante para Santa Catarina e que os jovens deste município não se revêm na sua pessoa.

Segundo o mesmo a população de Santa Catarina estava preparada manifestar no momento de inauguração da infraestrutura caso mantivesse o nome de Pinto Veiga, observando que a maioria das pessoas que apoiam esta figura não é de Santa Catarina e que quase todos têm ligação partidária.

Alberto Nunes contraria a afirmação de Pinto Veiga de que mudança do nome do espaço é uma vingança política, indicando que a Câmara de Santa Catarina é um exemplo de democracia e que não persegue e nem discrimina quem quer que seja em função da sua cor política e há varias acções que demonstram este facto no seu primeiro ano de mandato.

“Como historiador conheço pessoas que rejeitaram homenagem, mas alguém a lutar para ser homenageado não conheço”, advoga Alberto Nunes para quem o facto de Pinto Veiga estar a reivindicar o terreno constitui uma “bilra”.

O estádio, segundo o mesmo, está localizado no terreno pertencente a familiares de Pinto Veiga, mas adianta que o mesmo começou a ser construído na década de 60 do século passado e trata-se de uma infraestrutura pública.

Depois da inauguração da primeira fase do estádio, financiado pela edilidade e o Governo, o edil vai retomar as negociações com a Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) sobre o projeto de colocação de relva num campo de futebol, anunciado pela Federação Internacional de Futebol (FIFA) aquando da erupção vulcânica.

Alberto Nunes disse que com o regresso de Mário Semedo à FCF vai retomar as conversações para a construção de um campo relvado na vila de Achada Furna, que alberga parte significativa da população de Chã das Caldeiras.

Quanto ao pavilhão coberto na cidade de Cova Figueira, Alberto Nunes disse que não é possível neste mandato, por se tratar de um projeto extremamente caro, mais de 90 mil contos, e por isso edilidade vai priorizar a construção de algumas placas e criar condições em termos de preparação de terreno para, no futuro, construir o pavilhão.