O futebolista cabo-verdiano Armindo Soares, mais conhecido por Barrusco, acusou hoje a direção dos Travadores de não lhe ter enviado a carta de desvinculação que o permitisse jogar no campeonato moçambicano.

O atleta, que está de regresso à Cabo Verde, depois de uma passagem fugaz por Moçambique para representar o Ferroviário de Maputo, disse que já tinha tudo acertado com este clube e até fez alguns jogos de preparação com a equipa.

«Tinha tudo acertado, mas os Travadores não enviaram a carta de desvinculação, e por isso, tive que voltar», disse Barrusco, demonstrando esperançoso na resolução deste problema.

O futebolista diz-se «magoado» com a direção do clube que representou na última temporada, alegando que lhe foi tirado uma «grande oportunidade» de singrar no futebol a nível profissional.

A pesar deste empecilho, Barrusco mostra-se esperançado em resolver a situação uma vez que, segundo disse, já tem o contrato assinado com a equipa moçambicana e espera, em Dezembro, regressar à Moçambique com a carta de desvinculação.

Contactado pela Inforpress, o vice-presidente dos Travadores, Armindo Mendes de Oliveira, ressalvou que o clube não tem conhecimento oficial da ida do jogador para Moçambique.

«O jogador não comunicou a direção nem ao treinador», afirmou, salientando que a direção dos Travadores não teve contacto com o empresário do jogador nem com o Ferroviário de Maputo.

Neste sentido, avançou que Barrusco agiu «às escuras» e que, agora, ele tem resolver a situação sem contar com o apoio dos Travadores, que «soube da ida do jogador para Moçambique a partir de terceiros».

Barrusco, 24 anos, representou o Vitória, o Boa Vista, o Celtic e o Bairro (Santiago Sul) e o Batuque (São Vicente). Nas últimas duas temporadas, o médio ofensivo defendeu as cores dos Travadores, da Praia.