A equipa da Ultramarina, campeã regional de São Nicolau, ameaça falhar, na terça-feira, o jogo das meias-finais do campeonato nacional de futebol, no seu reduto, com o Mindelense, por discordar dos adiamentos da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF).

Inicialmente agendada para sábado, 24, a partida acabou por ser adiada para domingo, tendo, entretanto, conhecida uma nova prorrogação, desta feita para esta terça-feira, tudo isto relacionado com a dificuldade dos tetracampeões de Cabo Verde do Clube Sportivo Mindelense em colocar todos os seus convocados na ilha de São Nicolau.

A grande maioria da comitiva do Mindelense chegou à ilha de São Nicolau a meio da semana passada, sendo que uma outra parte só conseguiu desembarcar no sábado, com escala na ilha do Sal, enquanto outra parte continua ainda na Cidade da Praia à espera do voo para a “Ilha de Chiquinho”.

Em relação ao segundo adiamento deste jogo, a direção da Ultramarina fez saber que não vai comparecer ao embate de terça-feira, alegando mesmo desconhecer qualquer posição oficial da FCF.

A direção liderada por Simone Soares decidiu, entretanto, reunir-se esta segunda-feira para uma tomada de posição final, numa altura em que a empresa SUCLA já tornou público que não irá libertar os seus trabalhadores, enquanto jogadores da Ultramarina, para este jogo, no período laboral.

A direção da equipa oriunda do Tarrafal de São Nicolau pretende fazer uma análise profunda sobre esta decisão da FCF, a fim de se inteirar da fundamentação destes sucessivos adiamentos do encontro, que continua envolto em polémica.

A Binter já divulgou um comunicado no qual justifica o cancelamento dos seus voos para São Nicolau com a redução da pista de 30 para 23 metros de largura.

No outro jogo da primeira mão das meias-finais, realizado no último sábado, na cidade do Porto Novo, a Académica local e o Sporting da Praia empataram a uma bola.