A Líbia perdeu hoje por 5-2 com a Tunísia no primeiro jogo caseiro em anos, na quinta jornada de apuramento para a Taça das Nações Africanas de futebol marcada pelas inéditas qualificações das Ilhas Comores e Gâmbia.

Sete anos após o último encontro no seu território, a Líbia, que vive no caos após a queda do regime liderado por Muammar Kadafi, escolheu a cidade costeira de Bengazi, no nordeste, para o desafio contra a ‘vizinha’, depois de os dirigentes do futebol africano terem levantado as restrições de segurança impostas ao país.

O triunfo da Guiné Equatorial sobre a Tanzânia, por 1-0, com o tento já nos descontos, garantiu o êxito dos anfitriões que assim se juntam à Tunísia na fase final, enquanto a Líbia e a Tanzânia ficaram já sem essa opção.

Desde o início da segunda guerra civil líbia, em 2014, que os clubes do país têm vindo a disputar os seus jogos internacionais 'em casa' no estrangeiro, nomeadamente no Egito e na Tunísia.

As Ilhas Comores precisavam de somente um ponto e o empate caseiro 0-0 com o lanterna-vermelha Togo no Grupo G motivou uma onda de alegria em todo o país, enquanto no estádio Malouzine os jogadores e ‘staff’ se abraçavam, beijavam e choravam, entoando o hino com os cerca de mil adeptos permitidos.

Por questões sanitárias e de segurança, a polícia preparou medidas de extremo rigor, mas foi impotente perante a multidão oriunda de todos os cantos do país e nem o uso de gás lacrimogéneo e o recolher obrigatório às 20:00 a dissipou.

“Como é que eles nos querem impedir de comemorar isto? Em todo caso, hoje não obedeceremos”, gritava uma adepta.

O Egito, que venceu a prova por sete vezes, qualificou-se com os mesmos nove pontos, numa ronda que garantiu ainda o êxito de outra potência continental, o Gana, bem como do Gabão de Pierre-Emerick Aubameyang.

Angola, treinada pelo português Pedro Gonçalves, está a ter uma campanha dececionante no grupo D, com somente um ponto, e hoje fez parte da festa da Gâmbia, que lhe ganhou por 1-0, o que lhe permitiu somar os mesmos 10 pontos do Gabão, que ganhou por 3-0 ao Congo do portista Mbemba.

No grupo C, o Gana impôs um empate 1-1 na África do Sul, que contou com o pacense Luther Singh a partir do minuto 64, com os rivais a liderarem com 10 pontos, somente mais um do que o Sudão, que recebe os ‘bafana bafana’ na derradeira jornada, enquanto joga no seu reduto com São Tomé e Príncipe, ainda a zeros.

A Argélia, campeã em título, o Burkina Faso, a Guiné Conacri, o Mali, o Senegal, a Tunísia e os Camarões, país organizador, já tinham garantido um lugar na fase final.

A 33.ª edição da Taça das Nações Africanas estava marcada para o próximo ano, mas acabou por ser adiada para 2022 - apesar de manter a designação CAN2021 - para não coincidir com a Copa América e o Euro2020, que foram adiados, devido à pandemia de covid-19.

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