A maravilhosa história da vitória da Dinamarca no Campeonato da Europa de futebol de 1992 poderá servir de inspiração para os comandados de Morten Olsen, que, apesar de terem superado Portugal na qualificação, são “outsiders” no Euro2012.
Integrada no “grupo da morte” da competição, juntamente com a equipa das “quinas”, a Alemanha e a Holanda, a formação nórdica surpreenderá sempre se conseguir apurar-se para os quartos de final.
«Quando falamos em favoritos à vitória no Campeonato da Europa, eu penso que três dessas equipas estão no Grupo B e nós, seguramente, não somos uma delas», reconheceu o selecionador dinamarquês.
William Kvist (melhor jogador dinamarquês dos últimos dois anos), Nicklas Bendtner, Michael Krohn-Dehli e Daniel Agger são as principais “estrelas” da rotinada Dinamarca, que superou a fase de qualificação apenas com uma derrota, em Portugal (3-1).
Morten Olsen conta ainda com uma mistura entre a nova geração, personificada nos médios Christian Eriksen, Lasse Schone e nos defesas Andreas Bjelland e Simon Kjaer, com os mais veteranos, como o avançado Dennis Rommedahl e o guarda-redes Thomas Sorensen.
Ainda assim, na há a qualidade de 1992, de uma equipa em que pontificavam o guarda-redes Peter Schmeichel, que dava grande segurança na baliza, os criativos Brian Laudrup e Flemming Povlsen ou o goleador inesperado Henrik Larsen, sem esquecer os “carregadores de piano” John Jensen e Kim Wilfort.
Agora, sem grandes estrelas, nem com uma qualidade de jogo equiparável à qualidade de vida do país, Morten Olsen, há 12 anos como selecionador, conseguiu incutir um futebol competente, que na última qualificação voltou a relegar Portugal para o “play-off”, tendo conseguido o pleno de vitórias em casa, onde só sofreu um golo (livre direto de Cristiano Ronaldo).
Aos 62 anos, o ex-central vai comandar a Dinamarca pela quarta vez numa fase final, depois dos Mundiais de 2002 e 2010 e do Euro2008, mas, recentemente, já foi contestado, ao decretar a proibição de os jogadores utilizarem as redes sociais na Internet durante a prova. Apesar disso, já renovou até 2014.
Os dinamarqueses já venceram uma vez a prova, em 1992, depois de serem “repescados”, face à exclusão política de Jugoslávia, a viver a “Guerra dos Balcãs”, sendo que chegaram ainda às meias-finais em 1964 e 1984.