O selecionador nacional, Paulo Bento, falou pela primeira vez à comunicação social depois do início do estágio de preparação para o Euro2012 em Óbidos e assumiu que com a chegada de Hugo Viana à seleção, vai ter de adaptar a equipa às características do médio e que este vai ter também de se moldar às necessidades da equipa.

«Não mudei de ideias desde a convocatória. Aquilo que mudou foi que tínhamos 23 elementos para um modelo de jogo e, ao perdermos um jogador, optámos por trazer o Hugo Viana. Temos de nos adaptar às suas características e ele às nossas. Não se joga com o Martins da mesma maneira que se joga com o Viana», começou por dizer o selecionador, deixando uma palavra de gratidão a Carlos Martins.

«É importante que a nível familiar é que tudo lhe corra pelo melhor e temos a informação de que as coisas estão a ir pelo bom caminho. Por outro lado, lamentamos que o Carlos tivesse de abandonar o estágio por um motivo físico, ainda para mais porque era a oportunidade de ele estar pela primeira vez numa grande competição pela seleção. Foi um jogador extremamente importante no nosso caminho e por isso deixo-lhe uma palavra de gratidão, e oxalá tudo corra pelo melhor ao Carlos e ao seu filho.»

Quanto ao balanço da primeira semana de trabalho, Paulo Bento diz que os objetivos foram cumpridos e que no jogo com a Macedónia a equipa tem de «aproveitar para melhorar».

«O que amanhã se pode esperar é uma equipa pronta para competir e preparada para melhorar alguns aspetos, além de aperfeiçoar o que já fazemos com qualidade. Não devemos desperdiçar nos dois jogos que temos antes do Euro2012 a oportunidades de melhorar.»

Quanto ao onze que poderá escolher, Paulo Bento revelou que entre os dois jogos frente à Macedónia e Turquia todos os 23 atletas vão participar.

«Todos podem ser úteis e têm de estar conscientes de que podem participar. Contudo, todos sabemos que a estabilidade é fundamental na seleção e não se mudar de um dia para o outro.»

Relativamente à prestação da equipa no europeu, Paulo Bento reforça que o grupo com Alemanha, Holanda e Dinamarca é «difícil» mas não faz esmorecer a ambição.

«O nosso primeiro objetivo é chegar aos quartos de final e depois lutaremos pelos outros. Mas todos temos consciência do grupo em que estamos inseridos. É um grupo forte, mas isso não nos vai inibir em relação ao que queremos fazer. Para lá chegar temos de estar a um nível elevado e sabemos disso», concluiu o selecionador nacional.