O tribunal correcional de Marselha aplicou hoje numerosas penas de prisão a adeptos envolvidos em atos de violência à margem do jogo de futebol Rússia-Inglaterra, do Euro2016, entre eles um francês condenado a um ano de cadeia efetivo.

David Palmeri foi condenado a dois anos de prisão, um deles com pena suspensa, depois de ter sido apanhado pelas câmaras de vigilância a agredir na noite da passada quinta-feira, nas imediações do antigo porto de Marselha, três pessoas diferentes que não foram identificadas, com pontapés socos e um cinto, a roubar uma bandeira inglesa e a rasgar a camisa de um adepto inglês.

No total, foram julgados dez adeptos, seis britânicos, um austríaco e três franceses, mas nenhum ‘hooligan’ russo foi apanhado na sequência das cenas de violência e das rixas em que se envolveram e que causaram 35 feridos, quatro em estado grave, dos quais quase todos são ingleses.

Cinco adeptos ingleses foram condenados a penas que oscilam de um a três meses de prisão efetiva, sobretudo pelo envio de latas de cerveja que não causaram vítimas.

Ian Hepworth, um enfermeiro psiquiátrico de 41 anos, admitiu ter atirado uma garrafa de cerveja à polícia, na madrugada de domingo, a seguir ao jogo em que Inglaterra e Rússia empataram a 1-1, na primeira jornada do grupo B do Europeu de futebol.

“O meu trabalho é ajudar as pessoas. Fiz algo estúpido”, disse o adepto, dizendo que não tinha a intenção de atingir a polícia, depois de ter estado no estádio Vélodrome, em Marselha.

Outro adepto britânico, Alexander Booth, de 20 anos, condenado a dois meses pena suspensa e dois anos de inadmissibilidade admitiu ter atirado um copo de plástico e feito gestos ofensivos para a polícia na noite de sábado em Marselha, pedindo desculpa pelo sucedido e considerando que “estava no lugar errado à hora errada”.