Michel Platini “não virá” à final do Euro2016 de futebol, informou hoje um elemento da sua comitiva, a despeito de ter recebido convites a título pessoal por parte da UEFA e da Federação Francesa (FFF).

A justiça interna FIFA suspendeu Platini de toda a atividade ligada ao futebol por causa do pagamento de 1,8 milhões de euros recebidos em 2011, sem contrato escrito, por um alegado trabalho realizado em 2002 como conselheiro do ex-presidente da FIFA Joseph Blatter.

Suspenso por um período de oito anos, em decisão de primeira instância, Platini viu a sentença reduzida para seis anos pelo Comité de Apelo da FIFA e, posteriormente, para quatro anos pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), a mais alta jurisdição desportiva.

Na sequência do veredito do TAS, conhecido a 09 de maio último, Platini anunciou a demissão da presidência da UEFA para prosseguir a sua luta nos tribunais suíços.

Platini ainda está envolvido nesse dossier e pretende anunciar a sua renúncia ao cargo de “viva voz” às federações membro da UEFA a 14 de setembro, dia em que o organismo europeu vai eleger o seu sucessor.

Benny Alon, antigo futebolista israelita, responsável pela denúncia e queda de Jerome Valcke, anterior número dois da FIFA, assegurou à imprensa que este era a “fonte dos problemas” de Platini.

"O testemunho de Benny Alon mostra que houve uma conspiração política contra Michel Platini, montada pelos líderes da FIFA, para impedi-lo de se tornar presidente com um duplo objetivo, o de proteger as suas posições de poder e os honorários financeiros de que gozavam”, acusou um elemento da comitiva de Michel Platini em declarações à Agência France Press.