Portugal não foi além de um empate a um golo na estreia neste Euro2016 frente à Islândia. Nani deu vantagem à Seleção nacional no primeiro tempo, mas Bjarnason igualou na segunda parte.

Para o primeiro onze de Portugal na competição, o selecionador Fernando Santos apostou em Nani ao lado de Ronaldo e colocou o jovem Raphael Guerreiro a titular no lado esquerdo da defesa. Os primeiros minutos foram marcados pelo equilíbrio no Stade Geoffroy Guichard, muito por culpa de uma boa entrada dos islandeses, que colocaram em sentido a equipa das quinas.

Com efeito, a primeira ocasião de perigo no jogo pertenceu à Islândia, com Sigurdsson a escapar no lado esquerdo do ataque e a rematar em dose dupla para duas defesas eficazes de Rui Patrício. Estava dado o aviso e Portugal soube interpretá-lo bem. A formação lusa acelerou o ritmo e beneficiou das trocas posicionais entre João Mário e André Gomes, sobretudo, que começaram a criar espaços na defesa islandesa.

As oportunidades para Portugal passaram a ser cada vez mais frequentes e Nani quase abriu o marcador aos 20 minutos, mas Halldorsson negou o golo ao cabeceamento do avançado luso com uma espantosa defesa por instinto. Não foi então, mas bastou esperar 11 minutos para Portugal chegar mesmo ao golo.

Numa boa combinação entre Vieirinha e André Gomes no flanco direito, o médio do Valência ganhou espaço e cruzou de forma exemplar para o desvio certeiro de Nani. Estava assim inaugurado o marcador em Saint-Étienne, aos 31 minutos da partida, consumando o crescimento de Portugal no jogo, assente num ritmo mais elevado e muita dinâmica no ataque.

As indicações eram boas para o segundo tempo, mas a Islândia voltou a reentrar bem e desta feita não perdoou na primeira oportunidade de que dispôs. Aos 50’, Vieirinha deixou demasiado espaço nas suas costas e Bjarnason foi lesto a aproveitar para encostar para o 1-1, sem hipóteses para Rui Patrício.

O golo sofrido foi um “balde de água fria” na Seleção, mas esta tentou rapidamente sacudir e reerguer-se. Sem a mesma inspiração do primeiro tempo e com algumas precipitações à mistura, Portugal começou a empurrar os islandeses para o seu meio-campo e Nani e André Gomes voltaram a estar perto do golo. Já Ronaldo esforçava-se muito e rematava de forma insistente, mas sempre sem a melhor direção. Um jogo cinzento do capitão da Seleção na sua 127ª internacionalização, igualando Figo no topo dos mais internacionais da Seleção.

Fernando Santos percebeu que teria de agitar o jogo e em cinco minutos lançou Renato Sanches (70’) e Ricardo Quaresma (75’) para os lugares de João Moutinho e João Mário. O extremo do Besiktas era apontado como indisponível para o encontro, mas foi mesmo a jogo e logo na primeira jogada obrigou Halldórsson a aplicar-se para evitar o golo.

A Portugal pedia-se paciência e engenho para desmontar a coesa defesa islandesa. Contudo, o relógio avança de forma inexorável para o fim. A última cartada do selecionador passou por Éder, já nos derradeiros minutos, mas a Islândia também ameaçava e Rui Patrício foi obrigado a mostrar reflexos num remate de Finnbogason, que havia entrado na segunda parte.

O 'forcing' final de Portugal acabou por não ser bem sucedido e redundou assim num empate a estreia de Portugal e Islândia neste Euro2016. O primeiro líder do grupo F é a Hungria, que bateu esta tarde a Áustria (2-0). O próximo jogo da Seleção é agora no dia 18, sábado, em Paris, frente à Áustria.