No último ensaio da equipa das quinas antes do campeonato da Europa, Portugal goleou Israel por 4-0. No dia 15 é a doer com Portugal a estrear-se no Europeu frente à Hungria em Budapeste.

Era o último apronto, o último rascunho de Fernando Santos antes do arranque da competição a doer. O ensaio geral frente à seleção de Israel. Como novidade principal no onze português, destaque para a estreia absoluta de Rui Silva, que cumpriu a primeira internacionalização ao serviço de Portugal. Com exceção do lugar de guarda-redes, a equipa que se apresentou em campo poderá muito bem ser o desenho-tipo de Fernando Santos para o campeonato europeu, competição onde a seleção irá defender o cetro conquistado em 2016. Os homens do City saltaram para o onze, com as apostas em Cancelo, Rúben Dias e Bernardo Silva. Nuno Mendes na lateral esquerda, com Pepe no centro da defesa. Meio campo, com William, Rúben Neves e Bruno Fernandes. Na frente, Diogo Jota, com Bernardo Silva e Cristiano Ronaldo

Avalanche ofensiva com os golos só a aparecerem no início da segunda parte

Cinco remates à baliza de Israel, 12 tentativas contra nenhum de Israel: 61% de posse de bola para a equipa das quinas na primeira parte. Este enumerar das estatísticas mostram bem o que foi o jogo nos primeiros 45 minutos. E não é nada desajustado se dissermos que Marciano, guardião de Israel foi mesmo o melhor jogador da primeira parte, dada a quantidade de oportunidades criadas por Portugal.

A equipa das quinas começou por se mostrar perdulária e só afinou a mira no final da primeira parte. Entrada de Portugal muito pressionante, sem deixar os israelitas respirarem. A primeira ocasião de perigo chegou logo ao minuto 2´. Cristiano na cara de Marciano atirou para defesa do guardião de Israel.

Aos 10´ e 15´, o golo pairou em Alvalade, com Jota a ter o golo nos pés em duas ocasiões, mas os remates saíram desviados. Aos 17´ foi Rúben Neves que dispôs de excelente ocasião, mas o remate na ressaca foi ao lado, depois de uma primeira tentativa de Bruno Fernandes.

Começava a ser demasiado caudal ofensivo sem que o marcador funcionasse em Alvalade. Faltava apenas a definição na finalização, já que a seleção conseguia fluir o seu jogo até ao último terço, pecando apenas na hora H. Ronaldo, também ele, estava de pontaria desafinada. Aos 37´, o capitão da seleção das quinas rematou para defesa de Marciano, e voltou a não definir da melhor forma à segunda.

Depois de tantas tentativas, o golo acabou mesmo por aparecer ao minuto 42´. Grande jogada entre Bernardo e Cancelo, com o lateral a cruzar para a finalização vitoriosa de Bruno Fernandes. Novo golo acabou por surgir dois minutos depois. Bruno Fernandes assistiu Ronaldo que marcou o golo 104 ao serviço de Portugal. O capitão português fica a cinco golos de igualar Ali Daei.

Segunda-parte, com Fernando Santos a testar

O final da primeira parte permitiu que se abrisse o ketchup no que diz respeito aos golos para o lado da seleção portuguesa. O segundo tempo serviu para Fernando Santos testar alternativas, com o selecionador nacional a mudar o contexto com André Silva a entrar (para o lugar de Jota) e a colocar-se ao lado de Ronaldo no ataque. O domínio continuou a ser de Portugal, mas com a seleção a baixar o ritmo de jogo, porventura já com a cabeça na estreia no Euro.

Foi a meio da segunda parte que Israel tentou dar um ar da sua graça, num remate de Eran Zahavi, com Rui Silva a defender para canto. Do lado de Portugal, muitas alterações com as saídas de Ronaldo, Bernardo Silva e Renato Sanches e as entradas de Guedes, Renato e Pedro Gonçalves.

Só no final da segunda parte, Portugal voltou a puxar dos galões. Cancelo, talvez o melhor de Portugal na partida frente a Israel coroou a sua exibição com um golo. O lateral tirou um adversário do caminho e disparou forte para o fundo da baliza.

O momento da noite, haveria de acontecer já em tempo de compensação. Bruno Fernandes disparou forte de longe, num golaço do médio português. Bom teste de Portugal antes do arranque do Euro. Os campeões vão defender o título conquistado em 2016.

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