Cerca de cinco meses depois do escândalo Weinstein, a onda de choque mundial dos casos de agressão e assédio sexual alarga-se e já atingiu os setores do espetáculo, da política, da comunicação social, empresarial, desportivo e até humanitário.

O maior escândalo sexual da história do desporto norte-americano, revelado em 2016, conheceu o seu epílogo em plena onda de choque do caso Weinstein. O antigo médico desportivo Larry Nassar foi condenado a peadas penas de prisão, por agressão sexual a pelo menos 265 ginastas.

No Reino Unido, o vice-primeiro-ministro Damian Green, acusado de assédio, saiu de funções depois de ter reconhecido que mentiu sobre imagens pornográficas descobertas no seu computador no parlamento.

Em 09 de fevereiro, a antiga nadadora olímpica norte-americana Ariana Kukors acusou Sean Hutchison, um dos antigos treinadores da seleção, de ter abusado dela quando tinha 16 anos, o que ele nega.

No Canadá, o ministro dos Desportos, Kent Hehr, demitiu-se depois de acusado de comportamento impróprio para com mulheres.

Mais de uma centena de mulheres acusaram o produtor Harvey Weinstein desde as primeiras revelações pelo New York Times, em outubro de 2017. O produtor está sob investigação das polícias de Nova Iorque, Los Angeles e Londres.

Várias celebridades, como os atores Kevin Spacey, Dustin Hoffman, Michael Douglas ou James Franco também foram acusadas e reapareceriam as acusações da enteada de Woody Allen.

A Metropolitan Opera de Nova Iorque afastou em dezembro o seu diretor musical, James Levine, acusado de agressão sexual por quatro homens.

O magnata norte-americano do hip-hop Russell Simmons, posto em causa por várias mulheres por violação e agressão, abandonou todas as funções nas suas empresas.

O diretor do New York City Ballet, o dinamarquês Peter Martins, que se demitiu depois de acusado de assédio sexual e abusos físicos por uma vintena de antigos bailarinos, acaba de ser inocentado.

No Canadá, Gilbert Rozon, o produtor e fundador do Festival “Juste pour rire” (“Só para rir”) demitiu-se depois de acusações de assédio e agressão sexual feitas por várias mulheres.

Em dezembro, a Orquestra Sinfónica de Montreal anunciou a abertura de inquérito interno por assédio sexual ao chefe da orquestra, o suíço Charles Dutoit.

Os apresentadores da NBC Matt Lauer e CBS Charlie Rose demitiram-se, acusados de assédio ou comportamento incorreto.

O n.º 2 do Governo australiano, Barnaby Joyce, demitiu-se, depois de uma polémica devido a uma ligação extraconjugal e acusações de assédio.

Também o seu colega ministro da Defesa, Michael Fallon, se demitiu, por ter colocado uma mão no joelho de uma jornalista em 2002.

Nos EUA demitiram-se do Congresso por razões similares os democratas John Conyers e Al Franken e o republicano Trent Franks.

Em França, os ministros Nicolas Hulot e Gerald Darmanin foram acusados de agressão sexual, o que negam categoricamente.

O controverso islamólogo suíço Tariq Ramadan, acusado de violação por duas mulheres, está detido em França desde 02 de fevereiro.

A organização não-governamental britânica Oxfam está sob os holofotes depois da revelação de abusos cometidos no Haiti por alguns dos seus funcionários, depois do sismo de 2010, escândalo que provocou a demissão da diretora adjunta. Um responsável admitiu ter pago a prostitutas em locais financiados pela organização. Outros abusos foram revelados no Sudão do Sul e Libéria e a Oxfam está a investigar 26 novos casos.

O n.º 2 da Unicef, o britânico Justin Forsyth, demitiu-se depois de ter sido acusado de comportamento impróprio para com mulheres, quando trabalhava para a organização Save the Children.

O diretor-adjunto da Onusida, acusado de agressão sexual por uma empregada, mas inocentado por um inquérito interno da ONU, anunciou a sua saída da agência.

Os Médicos Sem Fronteiras recensearam 24 casos de assédio ou abuso sexual no seu seio em 2017.

O magnata dos casinos Steve Wynn, acusado de agressão sexual, abandonou as suas funções de presidente da Wynn Ressorts e responsável pelas finanças do Partido Republicano.

O principal dirigente da Ford na América do Norte, Raj Nair, saiu do grupo automóvel por “comportamento inapropriado” não detalhado.

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