Milhares de adeptos de futebol australianos receberam instruções para se auto-isolarem e realizarem testes de covid-19, depois de uma pessoa infetada ter assistido a um jogo num estádio em Melbourne, no domingo.

A segunda maior cidade da Austrália, confinada durante quatro meses, no ano passado, está a tentar conter um surto que até agora contabiliza 15 casos.

Na origem do novo foco de infeções terá estado um adepto que assistiu a um jogo no domingo, com mais 23.000 espetadores.

A Liga Australiana de Futebol (AFL, na sigla em inglês) disse que os milhares de adeptos que assistiram ao jogo devem isolar-se até obterem o resultado do teste ao novo coronavírus.

As autoridades australianas também estão a analisar as imagens de videovigilância, para ver se poderá haver mais pessoas envolvidas, enquanto procuram testar o maior número possível de pessoas na cidade, com 5 milhões de habitantes.

"As próximas 24 horas serão cruciais se tivermos de adotar novas medidas", disse o primeiro-ministro em exercício do estado de Vitória, James Merlino, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Na terça-feira, o número máximo de pessoas autorizadas a reunir-se foi novamente limitado e as máscaras voltaram a ser obrigatórias em locais fechados.

Estes são os primeiros casos de contaminação local em Melbourne após três meses.

A Austrália já foi elogiada pelo combate à pandemia, sobretudo através de restrições fronteiriços drásticas.

Desde o início da pandemia, a Austrália contabilizou pouco mais de 30.000 casos de covid-19 e 910 mortes.

No entanto, a campanha de vacinação está a encontrar dificuldades, com apenas 3,7 milhões de doses administradas, numa população de 25 milhões.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.475.079 mortos no mundo, resultantes de mais de 167,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.021 pessoas dos 845.840 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.