A imprensa italiana avança esta segunda-feira que o proprietário do Palermo subornou um juíz para evitar a insolvência do clube. O esquema foi descoberto pelo fisco italiano e remonta ao final da temporada passada.

O emblema da segunda divisão italiana falhou a subida à Serie A e ficou em risco de falência na temporada 2018/2019. Para evitar essa mesma falência, Maurizio Zamparini terá tentado vender o clube para que o clube não fosse declarado insolvente e para que ele próprio conseguisse algum lucro.

Neste esquema, Zamparini terá tido a ajuda de Giuseppe Sidoti, um juíz italiano que aceitou esconder a situação financeira do Palermo em troca de um lugar na direção do clube para um amigo, o advogado Vincenzo Palazzolo.

No final da semana passada, o clube italiano anunciou que o Palermo tinha encontrado um novo dono, mas essa venda encontra-se agora em risco. Com a descoberta do acordo entre Zamparini e Sidoti, os envolvidos arriscam uma pena de prisão até 10 anos.

O juíz Giuseppe Sidoti foi ainda suspenso de funções por um período de um ano - sob a acusação de suborno, abuso de poder e divulgação de informações confidenciais -, assim como Giovanni Giammarva, o ex-presidente do clube, também ele envolvido no esquema de suborno.

O Palermo confirmou a investigação em curso, através de um comunicado, mas recusou as acusações de suborno. "Reconhecemos a última investigação envolvendo o Palermo coincidindo com o delicado processo de venda do clube. Mais uma vez, colaboramos com os órgãos de investigação para esclarecer o caso, embora discordemos das dúvidas levantadas pelo promotor", começou por esclarecer o clube.

"Os processos de falência foram avaliados e rejeitados por um órgão entre partes com base em dados objetivos estabelecidos por um relatório entre as partes. Os dados contábeis mostraram que o Palermo Calcio era um clube sólido e que os proprietários sempre agiam quando necessário. O fato de que a rejeição do processo de falência não foi apelada pelo promotor de Palermo confirma isso. A rejeição tornou-se assim definitiva, mostrando que não havia dúvida sobre a validade do processo que levou à rejeição", acrescentou o Palermo.

"O clube mostrou novamente a sua solidez após o final bem-sucedido do processo. Apesar de mais de 1,2 milhões de euros a serem apreendidos quando o clube se inscreveu para a temporada 2018/19, o clube tem conseguido cumprir todos os requisitos económicos e financeiros desde o mês de Junho, criando uma equipa de sucesso no processo", referem ainda.

"Esperamos que nada disso tenha qualquer efeito sobre a venda do clube, que já foi acordado, e sobre a capacidade da equipa de se concentrar nos seus esforços para alcançar a promoção para a Série A em paz", conclui o Palermo, da segunda divisão italiana.