João Mário concedeu uma entrevista ao jornal A Bola, na qual falou, entre outros assuntos, sobre a mudança para o Lokomotiv Moscovo, depois do mau momento que atravessou em Itália.

"Não foram questões financeiras... No Inter tinha um ótimo contrato. Mas estava numa situação extremamente negativa em Itália, treinava à parte, sozinho com o Icardi, ou seja, estava afastado, sem preparação. Procurei uma solução rápida e competitiva, de forma a que pudesse voltar à Seleção. Achei que faria sentido jogar num contexto de Liga dos Campeões. No Lokomotiv tinha a certeza de que jogaria muito mais. Provavelmente haveria projetos que na cabeça das pessoas faria mais sentido, mas na minha não", começa por dizer.

O internacional português não esconde alguma mágoa pela forma como foi tratado no Inter Milão, onde viveu "o pior período da carreira".

"Fiquei com mágoa porque não foi um caso mediático, mas o tratamento foi igual. Foi uma decisão do clube e do treinador. Não entendo a posição do Inter em não me deixar treinar, participar em jogos de preparação, mas é como tudo... Acho que é algo que não faz sentido. Da mesma forma que quando queremos sair de um clube temos de trabalhar duro, dar o máximo, se não te querem devem fazer tudo para encontrar uma solução. És um profissional, levantas-te de manhã, vais trabalhar, estás sempre disponível e depois fazem uma escolha dessas?", atirou.

"A mim fez-me confusão como um clube paga 40 milhões por um jogador e trata como se fosse um miúdo da equipa B ou dos juniores. Trata de forma tão desprezível...", notou.

João Mário abordou ainda um eventual regresso ao Sporting: "Quando penso em voltar a Portugal, de que gostava de terminar a carreira em Portugal, penso sempre no Sporting. Agora se vai acontecer ou não, não sei. Mas obviamente quando penso voltar a jogar em Portugal, o projeto que para mim faz mais sentido será sempre o Sporting."