A final da Liga dos Campeões aconteceu há dois meses - terminou com uma vitória do Real Madrid sobre o Liverpool, por 3-1 - mas o treinador do Liverpool não esqueceu o lance entre Sergio Ramos e Salah, que acabou com a lesão do internacional egípcio.

Em conferência de imprensa de antevisão ao encontro particular com o Manchester United, Jurgen Klopp voltou a abordar o assunto e criticou o comportamento do defesa-central espanhol: "Se voltarmos a ver o jogo e não formos do Real Madrid, vemos que foi impiedoso e brutal."

"Não estou seguro de que seja uma experiência pela qual voltaremos a passar. Chegar lá e dar uma cotovelada no guarda-redes [Loris Karius], arrumar o goleador [Mohamed Salah] no meio-campo como um lutador e depois vencer o jogo. Foi a história do jogo", atirou o técnico alemão, em declarações reproduzidas pelo jornal britânico The Guardian.

"Como pessoa, não gostei da reação de Ramos. Ele disse 'O que é que querem? É normal'. Não, não é normal. Se juntarmos todas as situações de Ramos, veremos muita coisa. No ano anterior, contra a Juventus, foi responsável pelo cartão vermelho a Cuadrado. Ninguém fala disso depois. É como se nós, o mundo, aceitássemos usar todas as armas para vencer. As pessoas podem esperar que eu seja igual. Não sou", acrescentou Klopp.

O técnico alemão considera ainda que "o árbitro devia ter tido coragem de decidir aquele jogo" e atribuiu o triunfo do Real Madrid à "sorte": "Marcaram um pontapé de bicicleta! Todos sabemos que o Bale consegue fazer aquilo, mas provavelmente, naquelas situações, atira mais bolas para a bancada do que para a baliza. Se isso não é sorte, então não sei o que é".

"Somos agressivos, mas uso sempre a palavra legal também. Se não cumpres as regras, és sancionado. Alguém vai ver e castigar-te com quatro ou cinco jogos. Mas com este exemplo ninguém fez nada. Dirão que sou débil, mau perdedor ou queixinhas. Não sou. Aceito. Não acordo todas as manhãs a pensar em Sergio Ramos", terminou.