O nigeriano Chinedu Obasi denunciou, este domingo, que lhe pediram dinheiro para que fosse convocado para o Mundial de 2014, com a ameaça de não ser chamado para a seleção africana que disputaria a competição no Brasil.

Obasi, atualmente com 33 anos, disputou o seu último jogo com as 'Super Águias' em 2011 e passou a ser um jogador livre em janeiro após o término do seu contrato com os suecos do AIK. A sua melhor fase foi quando defendeu as cores do Hoffenheim e do Schalke, na Bundesliga alemã.

"Era esperado que eu fosse para o Mundial de 2014. Joguei pelo Schalke na Liga dos Campeões e tudo correu bem. No final da temporada, recebi um convite para jogar amigáveis na África do Sul. Dois dias antes da lista de convocados ser divulgada, eles pediram-me dinheiro se eu quisesse fazer parte da seleção", explicou Obasi nas redes sociais.

Obasi, que conquistou a prata no torneio de futebol nos Jogos Olímpicos Pequim'2008 e disputou o Mundial de 2010 pela Nigéria, denunciou que a sua ausência do Mundial de 2014 provocou o fracasso da sua transferência para uma equipa da Premier League.

No entanto, Valere Houdonou, que fazia parte da equipa técnica da seleção nigeriana na época, explicou há seis anos que Obasi não tinha nível suficiente para estar na lista final o Mundial de 2014, em comparação com outros avançados como Peter Odemwingie e Ahmed Musa.

"Ele foi convidado como qualquer outro jogador que poderia ir ao Campeonato do Mundo, porque a equipa técnica queria levar o que tinha de melhor para o Brasil. A questão é: qual o avançado que ele poderia ter substituído? Ele ficou de fora da lista porque não conseguiu substituir ninguém da equipa", acrescentou Valere Houdonou.

Mas outro ex-jogador da seleção nigeriana, Daniel Amokachi, que também fazia parte da equpa técnica liderada por Stephen Keshi em 2014, também culpou os jogadores "pelos pagamentos em dinheiro no nosso futebol".

"Os agentes dos jogadores vêm ver os treinadores para lhes oferecer dinheiro, se os seus jogadores forem convocados. Também há dirigentes e treinadores que se tornam agentes e tentam influenciar a favor dos seus interesses", acusou o antigo jogador do Everton, que jogou os Mundiais de 1994 e 1998 pela Nigéria.

As autoridades nigerianas estão a investigar dirigentes da federação de futebol do país, presidida por Amaju Pinnick, que foram acusados de corrupção.

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