O Skenderbeu, clube que já se cruzou com o Sporting nas competições europeias, pode ser suspenso durante dez anos pela UEFA. Em causa está o envolvimento do emblema da Albânia num escândalo de jogos combinados.

O jornal inglês The Guardian teve acesso a um relatório que revela que existem vários jogos relativos às competições europeias que estão a ser investigados, entre eles o encontro frente ao Sporting que terminou com a derrota dos albaneses por 5-1.

O documento revela que o clube albanês “tem combinado resultados de futebol como mais ninguém o fez na história do futebol”, referindo que o emblema tem funcionado como uma fachada para o crime organizado. A mesma publicação adianta que o Skenderbeu é acusado de “tentativas de manipulação de lucro através de apostas ilegais a uma escala global”, que geraram “ganhos de milhões de dólares”.

O jornal britânico acrescenta ainda que as derrotas por 5-1 frente ao Sporting e por 3-0 com o Lokomotiv de Moscovo, relativas à fase de grupos da Liga Europa 2015/2016, estão a ser investigadas. Nesses encontros “houve uma exuberante e inexplicável quantidade de dinheiro movimentado para que o Sporting marcasse pelo menos seis golos quando resultado já estava em 4-0”.

O The Guardian explica também que “não existe qualquer sugestão de qualquer irregularidade cometida pelos adversários do Skenderbeu”. O relatório divulgado pela publicação inglesa revela ainda que Ardjan Takaj, presidente do emblema albanês, é acusado de influenciar os jogadores e realizar acordos entre empresas de apostas para benefício pessoal.

O dirigente negou as acusações e mostrou-se determinado em provar que o clube não cometeu qualquer irregularidade: “Uma suspensão de dez anos é praticamente uma pena de morte.”

Recorde-se que o Skenderbeu já tinha sido condenado em 2015/16 pela Federação Albanesa de Futebol por viciação de resultados. Os albaneses perderam o título de campeão desta época e ficaram com menos 12 pontos na classificação no campeonato de 2016/17. Para além disso, os albaneses já foram castigados com um ano de ausência das provas europeias por alegadamente terem manipulado 53 jogos locais e internacionais, entre 2010 e 2016.