O ministro das finanças francês, Bernard Cazeneuve, mostrou-se esta terça-feira convencido de que os salários mais altos dos futebolistas vão baixar, consequência do novo imposto para os que ganham mais de um milhão de euros anuais.

Em entrevista à cadeia televisiva BFM TV, Cazeneuve não quis entrar na polémica sobre os 44 milhões de euros que, segundo os cálculos da Liga Profissional de Futebol (LPF), os clubes franceses terão de pagar, face à nova taxa de 75 por cento pelas retribuições a partir de um milhão de euros.

O ministro observou que a medida «é destinada a diminuir» os salários dos jogadores, tendo em conta o contexto económico.

Questionado se os salários dos jogadores lhe pareciam excessivos, o titular da pasta das finanças reconheceu que «o talento não tem preço, mas tem um custo».

Cazeneuve reiterou que as equipas de futebol vão ter de pagar o imposto como qualquer outra empresa que remunere os seus assalariados com mais de um milhão de euros anuais.

Não obstante, precisou que a taxa – que se aplicará durante dois anos e que é uma das promessas eleitorais do presidente francês, François Hollande – terá um limite e não poderá representar mais de cinco por cento das receitas.