Em Portugal, a estação de televisão SportTV e a operadora Meo anunciaram já medidas neste sentido quer eliminando por completo o som quer suprimindo-o parcialmente.

Desde o dia 15 de Junho, aquando do jogo que opôs a Nova Zelândia à Eslováquia, a SportTV passou a utilizar uma funcionalidade técnica que permite suprimir parcialmente o som das vuvuzelas (instrumento de sopro típico da África do Sul).

Este processo, segundo a SporTV, permite, mantendo o essencial do som ambiente dos estádios, garantir a qualidade das transmissões do espectáculo de futebol.

A Meo anunciou também que disponibiliza a partir de hoje, na transmissão do jogo França-México, do Grupo A do Mundial2010, a opção que inibe o som emitido pelas vuvuzelas.

Os mais de 640 000 clientes do produto da Portugal Telecom terão a possibilidade de acompanhar o jogo com o som original ou retirarem o som das vuvuzelas, mantendo todo o som ambiente do estádio.

A opção de retirar o som das vuvuzelas apresentada pela Meo sucede à da estação televisiva francesa Canal+, que difunde os jogos do Campeonato do Mundo de futebol da África do Sul sem o som das vuvuzelas.

O Canal+, TF1 e France Télévisions anunciaram a recepção de inúmeras queixas dos espectadores, incomodados com os sons emitidos por este instrumento tradicional e que a FIFA já considerou um “símbolo” do torneio.

A cadeia britânica BBC revelou também estar a estudar a possibilidade de reduzir o som nas transmissões.

Um estudo da Universidade de Pretória, segundo agência local Sapa, demonstrou que a prolongada exposição ao

 som das vuvuzelas pode provocar zumbidos nos ouvidos e até mesmo perdas auditivas.Apesar dos protestos, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, veio a público dizer que a utilização deste instrumento faz parte da tradição africana.

As vuvuzelas, que imitam o som dos elefantes, começaram a ser usadas na década de 70.

Inicialmente feitos em metal, estes instrumentos de sopro só começaram a ser mais populares há cerca de 10 anos quando a China as começou a fabricar em plástico exportando massivamente a um preço económico.