No primeiro duelo ibérico em jogos de Campeonatos do Mundo, foi Espanha quem entrou melhor na partida do estádio Green Point. Muito personalizada e confiante, a selecção espanhola tentou marcar desde cedo e Eduardo foi o protagonista do jogo quando os adeptos ainda procuravam o seu lugar.

Fernando Torres e Villa dispararam para golo e o guardião português manteve a sua invencibilidade na prova com três boas defesas (1’, 3’ e 6’). Carlos Queiroz optou por dar a titularidade a Ricardo Costa, hoje a lateral direito, e a Pepe, à frente da defesa. E a verdade é que a equipa parecia perdida nos primeiros minutos.

Sem forma de responder ao ‘tiki-taka’ espanhol – com a chancela de Xavi, Iniesta ou Xabi Alonso -, a selecção sofreu nos primeiros minutos, mas conseguiu reequilibrar um pouco a batalha.

Aos 20’, Tiago teve pela primeira vez o golo nos pés, após bela jogada de Coentrão e Meireles, mas o remate de fora da área sai à figura de Iker Casillas. Hugo Almeida ainda tenta encostar sobre a linha, mas o guarda-redes espanhol volta a salvar os colegas.

Foi o primeiro passo para a independência de Portugal, já que até aí era Espanha quem ditava a lei. Acto contínuo, Ronaldo atira forte num livre aos 28’ para defesa atabalhoada de Casillas, sem que ninguém conseguisse a recarga.

Todos os olhos espanhóis estão postos em Ronaldo. É ele o jogador mais temido, mas o destaque maior da selecção tem sido até agora Raul Meireles, na batalha com o poderoso meio-campo de ‘La Roja’.

Com as equipas mais encaixadas, o calculismo começou a ser mais evidente nas duas equipas, mas até foi Portugal a estar mais perto do golo. Aos 38’, Hugo Almeida desperdiça uma grande oportunidade, ao cabecear ao lado, já só com Casillas pela frente.

As trocas de posição entre Ronaldo e Hugo Almeida tentaram baralhar a defesa dos campeões europeus, mas ainda sem sucesso digno de realce. E foi Tiago, já quase sobre o cair do pano, a rematar de cabeça ao lado da baliza espanhola.

Num jogo disputado a bom ritmo e com oportunidades para os rivais ibéricos, falta o tempero dos golos.