Numa final agraciada com o brilho da presença de Nelson Mandela e a surpresa causada pela invasão de campo do ‘streaker’ Jimmy Jump, tem faltado inspiração e rasgo a Holanda e Espanha.

Com uma final inédita e que coloca duas equipas em busca de um histórico título mundial, a história do jogo escreve-se com poucas ocasiões de golo e já cinco cartões amarelos, que reflectem um jogo complicado para o árbitro inglês Howard Webb.

Os campeões europeus entraram muito melhor na partida e remeteram os holandeses à sua defesa. Aos cinco minutos, Sergio Ramos podia ter apontado o primeiro golo desta final, não fosse a grande defesa de Stekelenburg ao seu cabeceamento.

O defesa do Real Madrid mostrou-se muito perigoso nos minutos iniciais e aos 11’ fugiu pelo flanco direito para ver o seu remate cruzado ser cortado por Heitinga para canto. De seguida, é David Villa quem atira às malhas laterais, assustando a maioria ‘laranja’ nas bancadas do estádio Soccer City, em Joanesburgo.

A partir do quarto de hora, ‘La Roja’ empalideceu um pouco e permitiu à Holanda algum descanso. No entanto, a equipa de Bert Van Marwijk mostra que não quer cometer o mesmo erro da Alemanha nas meias-finais, onde a ‘Mannschaft’ recuou demasiado sempre na expectativa de um erro espanhol que nunca se veio a verificar.

Neste período, a figura do jogo não foi Sneijder ou Xavi, mas sim Howard Webb, que foi obrigado a distribuir cartões amarelos (Van Persie, Puyol, Van Bommel, Sergio Ramos e De Jong). Aliás, o cartão vermelho podia já ter sido exibido pelo juiz inglês a De Jong, face à violência da sua entrada sobre Xabi Alonso. Era o reflexo da tensão no encontro.

Quase sem criar perigo, com Kuyt e Robben muito discretos, a Holanda quase marcou através de Heitinga no lance mais improvável. Numa ‘entrega’ de fair-play a Casillas ainda antes do meio-campo, o guardião espanhol foi surpreendido pela trajectória da bola e teve de desviar para canto.

A Espanha - fiel ao seu ‘tiqui-taca’ herdado do modelo do Barcelona – deixou, todavia, de ser perigosa e adoptou agora uma atitude mais pragmática. Resta saber se Holanda e Espanha conseguem trazer o ‘salero’ dos golos a uma partida ainda abaixo das expectativas.

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