Os empates nas duas primeiras jornadas do Grupo F, frente ao Paraguai e Nova Zelândia (ambos 1-1), não ajudaram a amenizar as críticas a uma equipa que muitos chamam veterana, uma condição que o seleccionador Marcelo Lippi prefere catalogar de “experiente”.

Entre os quatro candidatos do Grupo F às duas vagas nos oitavos de final, o Paraguai é o que parte em posição mais confortável, pois é a única equipa do quarteto a quem basta um empate, no caso com a Nova Zelândia, para assegurar o apuramento.

Depois de ter conseguido, diante da Eslováquia, a primeira vitória numa fase final de um Mundial, o Paraguai está agora próximo de voltar a fazer história, se conseguir passar a barreira da primeira fase.

“Estes resultados fortaleceram a equipa, mental e espiritualmente. Os jogadores estão mais soltos e com uma grande atitude”, sublinhou o seleccionador do Paraguai, Gerardo Martino.

No outro jogo do encerramento do Grupo F, a Itália passa se bater a Eslováquia e até pode empatar, mas neste caso tem de esperar que a Nova Zelândia não vença os paraguaios.

Lippi admite que as críticas têm subido de tom, mas acredita que os resultados acabarão por surgir, até porque tem mantido o plantel à distância das considerações da imprensa italiana.

“Disse aos jogadores para não caírem nas armadilhas do exterior. O que importa é o que falamos no campo, durante os treinos e longe de todos. Nem sequer falamos no balneário, que as paredes têm ouvidos. Os resultados vão aparecer”, assegurou o seleccionador transalpino.

Os campeões do Mundo têm mesmo alguma “tradição” em apuramentos arrancados a ferros, como sucedeu no México1970, Espanha1982 e EUA1994. Curiosamente, a Itália embalou nas três ocasiões para a final, mas só ganhou uma, em Espanha, na célebre edição em que eliminou a “equipa maravilha” do Brasil.

Pelo lado da Eslováquia, uma das maiores estrelas da equipa, Marek Hamsik, jogador do Nápoles, não parece tão optimista, lamentando sobretudo o empate com a Nova Zelândia (1-1), que acaba por dificultar as contas nesta jornada decisiva.

“Perdemos uma grande oportunidade com a Nova Zelândia e agora vai ser muito duro conseguirmos o apuramento frente à Itália. Temos de fazer mais do que fizemos com o Paraguai, contra quem não fizemos um remate à baliza”, considerou o “napolitano”.