A selecção da Holanda entra em campo depois de uma fase de grupos imaculada, com três vitórias em outros tantos jogos, um saldo de 5-1 em golos, fazendo lembrar em alguns momentos do jogo o estilo “laranja mecânica”, famoso nos anos 70, quando os holandeses disputaram as finais dos mundiais de 1974 [Alemanha] e 1978 [Argentina].

Já a Eslováquia, que chegou à África do Sul depois de afastar na qualificação europeia equipas como a República Checa, Polónia e Irlanda do Norte, apurou-se para os oitavos de final depois de bater 3-2 a Itália no ultimo jogo do grupo F.

Esta vitória colocou a equipa na fase do "mata-mata" do mundial, logo em ano de estreia, e antecipou inesperadamente o regresso a casa dos tetracampeões mundiais.

Para o seleccionador holandês, Bert Van Marnijk, a Eslováquia é uma “equipa muito forte e sem estrelas” que tem de ser encarada com respeito.

“Podemos jogar melhor e mais bonito. Se estivermos concentrados como nos dois primeiros jogos, se ocuparmos bem os espaços através de movimentos directos, então sim, estaremos perto do nosso melhor”, disse o técnico holandês, considerando que no jogo frente ao Camarões [vitória 2-1] a equipa perdeu muitos passes.

Uma das dúvidas na equipa holandesa vai passar pela inclusão no onze inicial do avançado Arjen Robben, que tem poucos minutos nas pernas neste Mundial [entrou na segunda parte do jogo com os Camarões], depois de se ter lesionado no início de Junho.

Os métodos de treino de Bert Van Marwijk têm servido bem a Holanda, equipa que está há 22 jogos sem perder [desde Setembro de 2008].

O seleccionador eslovaco, Vladimir Weiss, que tem nas fileiras o goleador Robert Vittek [três golos], assegurou que a sua equipa vai encarar o jogo com a Holanda tal como o fez frente à Itália: “Eles são os favoritos, mas nunca se sabe”.

“A Holanda tem jogadores como Sneijder e Van der Vaart. Não é fácil defrontá-los. Venceram todos os jogos da fase de grupos. São uma equipa fantástica, com jogadores fabulosos”, disse.

O avançado Vittek lembrou que a equipa estreou-se em Mundiais na África do Sul, “mas, ao conseguir surpreender por uma vez, provou que pode voltar a faze-lo”.

O vencedor deste jogo vai defrontar o vencedor do Brasil-Chile nos quartos de final.