Segundo o jornal "Sunday Tribune" de Durban, que hoje avança com a notícia, a polícia tentou com as operações levadas a cabo nas zonas de Mpumalanga, Pretória e Cabo, eliminar o potencial de ataques terroristas contra o Mundial de futebol, que se realiza na África do Sul entre 11 de Junho e 11 de Julho, por parte daquele grupo que havia ameaçado atacar alvos não especificados.

Um dos alvos das operações policiais de busca foi a residência de Frederick Rabie, um antigo coronel dos comandos civis que operavam nos tempos do "apartheid" na zona do Cabo.

Na sua casa, em Worcester, as autoridades encontraram vários tipos de explosivos e milhares de munições de diversos calibres.

Em operações anteriores, as autoridades afirmam ter descoberto e confiscado uma grande quantidade de armas de fogo, munições e explosivos num quarto subterrâneo do Tribunal de Worcester, no Cabo Ocidental, pertencentes ao seu chefe de segurança, Henry Harding, também alegado membro dos Suidlanders.

Todas estas operações policiais, já confirmadas pelas autoridades, estão directamente relacionadas com a onda de ameaças contra o Mundial de futebol FIFA 2010 por parte de pequenos grupos extremistas em reacção ao assassínio do líder do Movimento de Resistência Afrikaner (AWB), Eugene Terre'blanche, em Ventersdorp a 3 de Abril.

Muitos acreditam que as mortes de Terre'blanche e de muitos outros fazendeiros de origem afrikaner foram provocadas pelos cânticos racistas do líder da Juventude do partido no poder (o ANC), Julius Malema, e que incitam, nomeadamente à "Morte do Boer" (expressão pela qual são conhecidos os agricultores afrikaners).

Os Suidlanders (ou Terra do Sul), em particular, criaram um website (www.boycott-2010-world-cup.co.nr) no qual apelam aos estrangeiros para não se deslocarem à África do Sul durante o torneio. O portal contém fotografias explícitas de crimes cometidos contra brancos na África do Sul.