A presença na África do Sul será a quinta portuguesa num mundial e terceira consecutiva, mantendo o pleno de qualificações para fases finais de competições internacionais desde 2000.

A vitória sobre a Bósnia-Herzegovina, em Zenica, foi o quinto triunfo consecutivo da equipa portuguesa na fase de apuramento, depois de um início complicado.

Com Carlos Queiroz como novo seleccionador, o sorteio da fase de apuramento colocou Portugal num Grupo 1 em que partia como favorito, apesar da forte concorrência de Dinamarca e Suécia.

Contudo, desde cedo se percebeu que a caminhada luso ia ser muito complicada e cheia de sobressaltos, apesar da goleada inaugural - única vitória oficial em 2008 após o Europeu - sobre Malta (4-0), que não marcou qualquer golo em 10 encontros.

O segundo jogo, em casa com a Dinamarca, acabaria por marcar a qualificação, pois, apesar de ter feito uma das melhores exibições da qualificação, Portugal acabou por perder por 3-2.

Seguiram-se três "nulos", dois com a Suécia e um escandaloso com a Albânia, em casa, num encontro em que a equipa das "quinas", apesar de desfalcada, não conseguiu marcar qualquer golo a uma equipa que jogou cerca de 50 minutos com menos um elemento.

Tudo parecia perdido para a equipa lusa, ainda mais quando em Tirana, aos 90 minutos, estava empatada com a Albânia a uma bola, mas um golo salvador de Bruno Alves, em período de descontos, manteve Portugal na corrida.

Seguia-se uma visita à Dinamarca e nova boa exibição lusa não rendeu três pontos (1-1), apesar dos muitos remates efectuados, sendo que apenas um, do estreante Liedson, o terceiro luso-brasileiro na equipa, já no final do encontro, entrou na baliza nórdica e deu o empate a Portugal.

Os dois encontros com a Hungria iriam ser decisivos para as aspirações lusas, tendo a equipa cumprido, de forma pragmática em Budapeste (1-0) e mais espectacular no Estádio da Luz, em Lisboa (3-0).

Além da vitória sobre os magiares no Estádio da Luz, Portugal beneficiou ainda da indispensável derrota da Suécia no terreno da Dinamarca (1-0), tornando Jakob Poulsen um herói em solo luso e deixando a equipa das "quinas" necessitada de apenas uma vitória sobre a frágil Malta, que aconteceu por claros 4-0, para garantir o "play-off".

O sorteio deu a Bósnia-Herzegovina, um dos melhores ataques da fase de qualificação, que Portugal, com a ajuda dos ferros da baliza de Eduardo, conseguiu parar na primeira "mão", tendo conseguido o triunfo por 1-0, graças a um golo de Bruno Alves, aos 31 minutos.

Em Zenica, Portugal ainda ampliou a vantagem, mantendo-se sem perder fora um jogo de qualificação para um mundial desde 05 de Novembro de 1996, quando foi derrotado em Kiev pela Ucrânia, por 2-1, no apuramento para o Mundial98.

Numa fase de renovação da equipa, Carlos Queiroz utilizou 33 jogadores, com o médio Raul Meireles a ser o único que actuou nos 12 encontros de qualificação, enquanto Simão foi o melhor marcador, com quatro golos.

Outro dos destaques da qualificação foi o facto de Cristiano Ronaldo, que falhou cinco dos 12 jogos, não ter apontado qualquer golo.