Pepe poderá ser novamente aposta para Paulo Bento frente ao Gana, no jogo decisivo da terceira e última jornada do grupo G do Mundial. O defesa compareceu esta tarde na conferência de imprensa e saiu em defesa da equipa face aos resultados negativos na competição.

"Vou tentar ajudar Portugal como sempre fiz, mas quem decide não sou eu, mas sim o treinador. Nunca perdemos a cabeça com a Alemanha. Tem-se falado muita coisa da Seleção. Sabemos que com os jogadores que temos não deviamos estar nesta situação. Foi uma expulsão muito rigorosa no primeiro jogo. Houve também um penalty que não foi marcado a nosso favor", vincou.

Em declarações aos jornalistas em Brasília, o central do Real Madrid enfatizou ainda a ideia de se sentir apoiado, apesar da polémica expulsão na estreia de Portugal no Campeonato do Mundo: "Venho de uma época em que fiz 48 jogos, 47 como titular. Fomos campeões europeus, ganhámos a Taça do Rei, lutámos até ao final da Liga espanhola. Tenho um clube que me apoia e muitos portugueses que me apoiam e isso dá-me força. Enquanto me sentir em dúvida vou dar o meu melhor para ajudar o meu país. Sou mais um português".

Por outro lado, o internacional português rejeitou o cenário de um "arranjinho" entre Alemanha e Estados Unidos para ambos passarem aos oitavos de final com um empate. "Somos todos profissionais de futebol. Não devemos entrar por isso. Não nos passa pela cabeça que isso possa acontecer", assegurou.

Da mesma maneira, Pepe continua a alimentar a esperança de ainda chegar à fase seguinte, embora a matemática seja extremamente complicada para as contas da equipa das quinas. "Acredito em milagres. É possível. Sabemos que é difícil, mas temos de lutar. Vamos fazer isso até ao fim com as armas que temos, sempre com o intuito de ajudar Portugal. Nós temos de fazer o nosso jogo independentemente do que se possa passar no Alemanha-EUA. Temos de honrar a camisola de Portugal", disse.

A terminar, o defesa de 31 anos não confirmou se esta poderia ser a sua última prova pela seleção e não mostrou vontade de renunciar. "Vou deixar a Seleção quando o treinador entender que não posso dar mais o meu contributo. Quando isso acontecer vou estar preparado para sair de cabeça erguida", sentenciou.

A seleção treina esta tarde em Brasília, onde mede forças na quinta-feira contra a congénere do Gana.