A Confederação Asiática de Futebol (AFC) considerou hoje que o continente, atualmente com quatro vagas no Mundial, merece estar entre os principais beneficiados com o alargamento da competição de 32 para 48 seleções, a partir de 2026.

O presidente da AFC, o xeique Salman bin Ebrahim Al Khalifa, considerou que rápido crescimento da população asiática justifica que o continente seja um dos principais beneficiados com esta decisão da FIFA, aprovada na terça-feira, por unanimidade.

“Consideramos que a Ásia, como o maior continente, merece mais vagas que as quatro, tendo em conta o poder económico, a crescente popularidade do futebol e o desenvolvimento da modalidade”, alegou o líder da AFC.

A Austrália, ‘deslocada’ da Oceânia (apenas com um lugar nos ‘play-off’) para a fase de qualificação asiática, também reclama mais lugares para a zona asiática.

O diretor-executivo da federação Australiana, David Gallop, considerou que a decisão de alargar o Mundial deve reconhecer o crescente desenvolvimento do futebol para lá da Europa e América do Sul.

“A Austrália faz parte da Confederação Asiática de Futebol, onde estão a ser registados o crescimento e investimento mais significativos. Esperamos que essa tendência continue nos próximos anos, acompanhando o alargamento do Mundial”, disse David Gallop.

Neste sentido, Gallop reforçou que os membros da AFC “justificam merecer uma maior representação [no Mundial]”.

O Conselho da FIFA, órgão que substituiu o Comité Executivo, aprovou na terça-feira, por unanimidade, o alargamento da fase final do Mundial de futebol, a partir de 2026, de 32 para 48 seleções, mantendo o número de dias de competição e de jogos para cada formação.

O Mundial de 2026 vai contar com 16 grupos, de três equipas cada, com as duas primeiras a classificarem-se para a fase seguinte, entrando então num sistema de eliminatórias a partir dos 16 avos de final.

Com este novo formato, o Mundial passará dos atuais 64 jogos para 80, mas continuará a disputar-se durante 32 dias, como sucede atualmente.