O Bayern Munique considerou esta quinta-feira "inaceitável" a suspensão provisória aplicada pela FIFA a Franz Beckenbauer, presidente honorário do clube bávaro, por suspeita de corrupção no processo de atribuição dos Mundiais de futebol de 2018 e 2022.

O emblema alemão exigiu que a sanção seja levantada, uma vez que, segundo o agente do ex-jogador, este respondeu a todas as questões que a FIFA lhe colocou sobre o processo.

"Uma ação destas contra uma pessoa como Franz Beckenbauer, homenageado e aplaudido durante anos pela FIFA, é inaceitável", salientou o presidente do Bayern, Karl Hopfner, numa entrevista publicada hoje pelo quotidiano Bild.

Hopfner sublinhou que a sanção foi aplicada "sem prova de culpabilidade".

O antigo "libero" da equipa da Alemanha foi suspenso por 90 dias de todas as atividades relacionadas com o futebol por, no entender da FIFA, não ter cooperado com a investigação às suspeitas de corrupção em torno da atribuição do Mundial de 2018 à Rússia e do Campeonato de 2022 ao Qatar.

Devido à sanção, o "Kaiser" anunciou, através da imprensa alemã, que não iria ao Brasil para a "festa" do Mundial.

"A Copa do Mundo, para mim, está excluída, vou desistir da viagem que tinha planeada ao Brasil. Parto do princípio que, para a FIFA, já não sou bem-vindo", declarou Beckenbauer, de 68 anos.