O presidente da FIFA manifestou hoje a sua «profunda tristeza» com as mortes ocorridas num acidente na finalização das obras do estádio de São Paulo (Itaquerão), que será um dos palcos do Mundial2014 de futebol.
«Sinto-me profundamente triste pela trágica morte de trabalhadores no estádio do Corinthians. As nossas sentidas condolências às suas famílias», escreveu Joseph Blatter na sua conta de twitter.
A FIFA emitiu um comunicado de teor semelhante, manifestando «grande tristeza» pelo sucedido e endereçando «sinceras condolências às famílias dos operários que morreram tragicamente».
«A segurança dos operários é uma prioridade absoluta para a FIFA, para o comité de organização local e para o governo federal. Sabemos que a segurança dos trabalhadores foi sempre primordial para todas as empresas de construção envolvidas na construção dos 12 estádios para o Campeonato do Mundo», refere o texto.
Inicialmente, o Corpo de Bombeiros local, citado pela imprensa brasileira, tinha confirmado anteriormente três mortos no acidente e dado conta de mais uma pessoa entre os escombros, mas a polícia militar de São Paulo reviu em baixa o número de vítimas mortais, corrigindo para dois.
De acordo com os bombeiros locais, uma grua atingiu uma parte da cobertura do estádio do Corinthians, provocando a queda de uma secção de cerca de 15 metros de estrutura sobre as bancadas e sobre a zona exterior.
Um dos operários que morreu estava dentro de um camião atingido pelos escombros que resvalaram para a parte exterior do estádio, indicaram ainda os bombeiros.
Ao local do acidente acorreram quatro viaturas do Corpo de Bombeiros e um helicóptero da Polícia Militar, com o intuito de resgatar operários feridos.
Numa nota publicada no seu sítio, o Corinthians lamentou o acidente no estádio que vai abrir o Mundial. De acordo com o calendário da FIFA, o "Itaquerão" deveria estar concluído até ao final do mês de dezembro.
Este é o terceiro acidente com mortes nas obras dos estádios para o Mundial2014, no Brasil. O primeiro ocorreu no Estádio Nacional de Brasília, em junho de 2012, quando um operário de 21 anos morreu na sequência de uma queda de 30 metros.
A segunda foi na Arena da Amazónia, em Manaus, em março último, também na sequência da queda de um trabalhador.