O ministro do Desporto do Brasil, Aldo Rebelo, afirmou hoje, na abertura do centro de média, no Rio de Janeiro, que o país reconhece seus "problemas" e "mazelas" e que não tem a pretensão de escondê-las no Mundial2014.

"Ainda somos um país com muita desigualdade social, apesar dos esforços feitos recentemente. É assim que queremos ser vistos, não queremos nada superficial ou aparente", afirmou o ministro, no primeiro evento para a imprensa estrangeira presente no país para a cobertura do Mundial de futebol, que arranca quinta-feira.

Em linha com a intenção brasileira de utilizar a visibilidade do Mundial2014 para lançar uma campanha mundial contra o racismo, o ministro ressaltou a tradição brasileira de tolerância racial, étnica e religiosa como exemplo para o mundo.

"Esperamos que convivam com as virtudes civilizacionais do país, que não cultiva o ódio étnico, racial ou religioso e busca exatamente na fonte de sua civilização - europeia, africana e indígena - uma experiência de respeito e de convivência", completou.

Também presente no evento de boas vindas à imprensa, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse que as manifestações "legítimas" e "pacíficas" são "bem-vindas", mas que protestos com danos ao património público ou privado serão reprimidos.

"Ninguém quer que não haja manifestações, se for para reivindicar o que é justo. Mas, se for para destruir o património público e privado, vamos estar vigilantes, e não vamos permitir”, afirmou Pezão.

O centro de imprensa é uma estrutura montada pelo Governo Federal brasileiro para a imprensa não especializada e não credenciada pela FIFA.

No espaço, montando no Forte de Copacabana, a imprensa nacional e estrangeira terá espaço para transmissão de eventos e realização de conferências de imprensa com autoridades ao longo do Mundial2014.

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