A presidente brasileira Dilma Rousseff afirmou que o Brasil vai "endoidar" durante o Mundial2014 de futebol e que vai apoiar a seleção do país no evento, em declarações durante um jantar com jornalistas, na quinta-feira.

"Na hora de a onça beber água, este país vai endoidar", disse, citada pelo jornal Folha de São Paulo, após ser questionada sobre o temor de os brasileiros virarem as costas ao Mundial, como consequência dos protestos contra os gastos públicos.

Rousseff, que jantou com dez jornalistas desportivos brasileiros, na quinta-feira, afirmou ainda que os dirigentes da FIFA são um "peso" e negou que as obras de infraestrutura que estão a ser feitas no país tenham o objetivo de atender somente ao Mundial.

"Tirem o [Joseph] Blatter e o [Jerôme] Valcke das minhas costas! Não tem nada a ver com a Copa, são obras para as cidades", disse, segundo o diário brasileiro.

Rousseff afirmou também que as críticas da imprensa "mais alertam do que incomodam" e não se mostrou constrangida pelo atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ser José Maria Marin, que elogiou, em 1976, o delegado acusado de torturar o ex-marido da presidente, Carlos Araújo, durante a ditadura militar brasileira.

"Por que citar o Carlos? Torturou a mim. Sabe o que eu sinto? Eu sinto que não sou eu quem tem de justificar nenhuma barbaridade para minha filha ou para meu neto. São eles que têm. Porque nós ganhámos", realçou.

Rousseff e Araújo fizeram parte de uma organização que resistiu à ditadura militar do país (1964-1985). Em 1976, Marin era deputado estadual em São Paulo pela Arena, partido que apoiava o regime. 

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