Além de campeões do Mundial2014 de futebol, os jogadores alemães conquistaram no Brasil outro título, a da seleção mais carismática, que conseguiu conquistar os anfitriões com respeito e carinho à cultural local, ganhando a simpatia de todos.

Hospedados em uma pequena vila em Santa Cruz de Cabrália, no litoral sul da Baía, os jogadores alemães aliaram privacidade a belas praias e souberam aproveitar o belo cenário, sem deixar de atender aos pedidos dos fãs que conseguiram aproximar-se.

Vestiram camisolas de equipas locais, autografaram tantas outras e posaram para todas as fotos solicitadas.

Já nos primeiros dias, os germânicos receberam a visita de cerca de 20 indígenas da tribo Pataxó. Na altura, o avançado Thomar Müller foi um dos mais animados, tendo sido retratado com um chocalho nas mãos, "ajudando" a entoar o cântico típico pataxó.

As imagens foram incluídas no vídeo oficial da seleção alemã, no qual se pode notar o quanto, além de jogar bom futebol, os jogadores comandados pelo técnico Joachim Low também conseguiram divertir-se durante o mês que passaram no Brasil.

Ao contrário do que se possa imaginar, após a goleada por 7-1 sobre o país anfitrião, respeito daqueles que viriam a ser os campeões só aumentou.

No dia posterior à derrota fatídica, a Federação de Futebol Alemã (DFB) emitiu uma nota oficial, em português, solidarizando-se com a seleção canarinho.

O mesmo foi feito espontaneamente por alguns dos futebolistas germânicos, entre eles Mesut Özil e Lukas Poldoski.

"Respeito a ‘amarelinha’ com sua história e tradição. O mundo do futebol deve muito ao futebol brasileiro que é e sempre será o país do futebol", postou Podolski, embora não tenha jogado contra o Brasil.

Após o comentário, muito bem recebido, o germano-polaco continuou a postar mensagens em português, com a ajuda de um amigo, e a ganhar cada vez mais seguidores na rede social twitter.

O futebolista mais querido desse Mundial atingiu o ápice de popularidade na internet quando assumiu, a certa altura, que já estava tão adaptado à cultura brasileira que havia começado a assistir a telenovelas - o comentário foi seguido das hashtags "noveleiro" e "coraçãoverdeeamarelo".

A partir daí, os brasileiros inundaram as redes com posts bem humoradas que sugeriram que Poldoski, de tão brasileiro, já havia adquirido uma série de hábitos típicos dos nativos.

"Poldoski tão brasileiro que já tá chamando tudo que é branquelo de alemão", "Podolski tão brasileiro que não sabe mais se escreve Podolski ou Poldoski", ou ainda, "Podolski tão brasileiro que já tá falando 'entra, mas não repara a bagunça'", entre centenas de outros.

Tudo isso fez com que os adeptos brasileiros, mesmo após a derrota humilhante, decidissem apoiar hoje aos seus próprios carrascos, publicando diversas mensagens de apoio também pelas redes sociais.

"Só o Poldi para me fazer torcer para um time [equipa] rubro-negra e que ainda deu uma surra no Brasil", afirmou pelo twitter a usuária "Emille", fazendo referência ao grupo brasileiro Flamengo cuja camisola é praticamente idêntica ao segundo uniforme alemão.

"Tamo junto, poldi, @Maracanã", postou outra brasileira, em apoio à seleção alemã, isso não não mencionar um número de posts que sugeriam que o reserva deveria naturalizar-se brasileiro ou jogar para o Flamengo.

Embora muitos brasileiros tenham também decidido apoiar a Argentina, ou simplesmente optaram por não escolher um favorito, logo após o golo alemão, feito já ao final do segundo tempo do prolongamento, era possível ouvir no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, o grito, em coro, "vice-campeã", em perfeito português, como uma provocação aos argentinos.

Na noite de sábado, véspera da final, o Cristo Redentor, ponto turístico do Rio de Janeiro, mundialmente conhecido, foi iluminado com as cores da bandeira alemã, após uma votação pelo twitter.

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