A Federação Chilena de Futebol anunciou na segunda-feira ter apresentado um protesto junto da FIFA sobre a utilização irregular de Nelson Cabrera por parte da seleção da Bolívia, a 06 de setembro, num jogo de apuramento ao Mundial2018.

Em comunicado, a federação chilena considera que Cabrera tem naturalidade paraguaia, pelo que a sua utilização nesse jogo, que terminou empatado 0-0, foi irregular.

“A Federação Chilena de Futebol contestou junto da Comissão de Disciplina da FIFA a utilização desse jogador. Houve uma evidente violação dos regulamentos sobre a elegibilidade de jogadores para seleções”, escreveu a filiada sul-americana do organismo que rege o futebol mundial.

Nascido no Paraguai, o defesa, de 33 anos, chegou à Bolívia em 2013, para representar o Club Bolivar.

A federação chilena lembra, porém, que Cabrera representou por uma vez a seleção paraguaia em 2007. Em fevereiro deste ano, naturalizou-se boliviano, um fato que, segundo a versão chilena, não cumpre os regulamentos da FIFA.

Segundo os regulamentos apontados pela federação chilena, um jogador que já tenha representado uma seleção, poderá jogar noutra caso passe cinco anos ininterruptos no país referente à equipa nacional que quer passar a representar, o que só poderia suceder com Cabrera em 2018.

No entanto, os mesmos regulamentos da FIFA determinam que estes protestos tenham de ser apresentados 24 horas depois do final do encontro onde terá ocorrido a infração, o que não sucedeu neste caso.

Tendo consciência destes prazos, a federação chilena insiste no protesto, por considerar esta infração “muito grave”.

Com oito jornadas já disputadas no torneio sul-americano de apuramento ao Mundial2018, na Rússia, o Chile segue em sétimo lugar, fora da zona de qualificação, com 11 pontos, a cinco do líder, o Uruguai.

Por seu turno, a Bolívia partilha o oitavo posto com o Peru, ambos com oito pontos.