Conhecido como estádio Octávio Mangabeira, a Arena Fonte Nova teve, 'literalmente', de renascer das cinzas para chegar ao rumo do Campeonato Do Mundo de Futebol de 2014.

Num palco destinado a acolher seis jogos que se esperam de alegria para o Brasil, o país teve de chorar a morte de sete pessoas naquele estádio. Foi um dos acidentes mais trágicos da história do futebol canarinho.

Corria o dia 25 de novembro de 2007. Cerca de 60 mil adeptos vibravam com o sonho de ver o Bahia subir da série C para a série B do Brasileirão. Do outro lado do campo estava o Vila Nova, que testemunharia um momento arrepiante.

A poucos minutos do apito final, a "torcida" baiana já festejava o 0-0 que garantia a promoção. Os pulos na velhinha arquibancada superior ditaram o desabamento de parte da estrutura, lançando alguns adeptos numa queda para o abismo, com cerca de 15 metros de altura.

Seis adeptos tiveram morte imediata, tendo a outra vítima falecido mais tarde, já após a assistência no hospital. Outros 30 feridos precisaram de cuidados médicos.

Praticamente nessa mesma noite ficou decidido o destino do estádio, cujos relatórios já apontavam para a existência de algumas deficiências. Era tempo de vir abaixo para erguer um novo recinto: moderno, funcional e, sobretudo, seguro.

A implosão deu-se em 2010, arrancando de imediato as obras, que só terminariam a Março de 2013. Nasceu aí a nova arena Fonte Nova, com capacidade para quase 52 mil pessoas. Coube ao Bahia e ao Vitória inaugurarem o estádio com um "clássico" baiano e uma goleada do Vitória, por 5-1. Desta feita, a festa foi segura e o recinto aprovado pela FIFA correspondeu às expectativas.

Curiosamente, se não tivesse ocorrido esta tragédia, a Bahia dificilmente estaria representada no próximo Mundial. O antigo recinto era considerado pelos estudos como o pior dos estádios mais importantes e sem quaisquer condições de responder às exigências da FIFA.

Foi preciso morrer para nascer a nova Arena Fonte Nova.