Fernando Madureira, que não perde um jogo do FC Porto há 16 anos, defendeu a claque dos Super Dragões, que muitas vezes é acusada de vandalismo e assaltos.

"É difícil gerir as massas. Levo 300 ou 400 pessoas, muitos deles jovens que nunca foram a lado nenhum, e eles em grupo sentem-se inatingíveis, acham que estão acima de tudo. Às vezes, quando chego lá para travar isso já é tarde", afirmou o líder dos Super Dragões à revista ’Sábado'.

"As pessoas gostam de generalizar e de pôr rótulos nas coisas, dizem que somos bandidos, que sou o chefe dos bandidos. Somos uma micro-sociedade, e o que existe na sociedade existe na claque. Há toxicodependentes, traficantes, assaltantes, como também há médicos ou advogados. Há pessoas boas e más. Mas também há polícias ou políticos criminosos ou corruptos e não é por um polícia cometer um crime que todos são criminosos. Não tenho nada a ver com o que as pessoas fazem no seu dia a dia, só quero é que na claque se comportem condignamente”, acrescentou.

Madureira esclareceu ainda que não ganha dinheiro à custa da claque do FC Porto.

“A única coisa que o FC Porto nos dá são bilhetes a um preço reduzido e disponibiliza os autocarros para os jogos fora”, referiu o jogador do Canelas 2010.