O selecionador da Grécia, o português Fernando Santos, lamentou que tenha faltado “cabeça” à seleção helénica, eliminada do Mundial de futebol após perder frente à Costa Rica que se qualificou pela primeira vez para os “quartos”.

“Tivemos muito coração, mas faltou-nos um pouco de cabeça”, lamentou o técnico português, depois de a Grécia cair diante da Costa Rica por 5-3 nas grandes penalidades, após o empate (1-1) no tempo regulamentar e no prolongamento.

Fernando Santos, expulso no período de espera entre o final do prolongamento e o início das grandes penalidades, expressou tristeza e a sua frustração por “não ter dado mais alegrias ao povo grego”.

“Os penáltis são sempre uma lotaria”, afirmou o treinador português, para quem o guarda-redes da Costa Rica, Keylor Navas, foi o “protagonista” do jogo dos “oitavos”, que decorreu na Arena Pernambuco, em Recife, ao ter “evitado três ou quatro ocasiões muito boas”.

Esta fase da competição e o facto de estar patente “algum cansaço físico ou desgaste” por se tratar de um jogo que “pode fazer história” fez com que “a equipa não tivesse a frieza necessária para ganhar o jogo” que, sustentou Fernando Santos em declarações à RTP, “se poderia ganhar”.

“Não digo com facilidade, mas poderia criar-se muito mais condições para o fazer”, mas "houve muitas ações individuais e dois ou três jogadores que se preocuparam mais em tentar ser os protagonistas e fazer o golo da Grécia do que pôr a bola a rodar”, disse Fernando Santos, que está de saída da seleção helénica.

"A Grécia já tem um novo treinador. Isso foi anunciado", realçou Fernando Santos que tinha anunciado, em fevereiro, a sua decisão de abandonar o comando técnico da seleção da Grécia após o Mundial2014 para ter mais tempo para si próprio.

Santos orientava a Grécia desde 2010, quando substituiu o alemão Otto Rehhagel, que fez história no país com inédito título Europeu, em Portugal e contra a “equipa das quinas”, em 2004.

À Grécia e a Fernando Santos resta a consolação de sair do Brasil com o melhor desempenho de sempre em campeonatos do Mundo – não tinha passado a fase de grupos nas duas presenças, em 1994 e 2010.