Uma cena marcou o fim da campanha histórica da Argélia na Copa do Mundo de 2014: o choro do técnico bósnio Vahid Halilhodzic após a derrota no prolongamento, para a Alemanha, por 1-2. Visivelmente emocionado, o "comandante" dirigiu-se para os balneários e não foi mais visto.

Os jornalistas, que o aguardavam na sala de imprensa, tiveram que se contentar com as frases de Bouguerra e M’Bolhi, o guarda-redes que fez uma grande exibição na partida de Porto Alegre.

Ao serem questionados sobre Halilhodzic, ambos adotaram o tom de despedida, sinalizando a saída do bósnio, e agradeceram pelos serviços prestados. "Se chegámos a esta fase do Mundial é graças a ele. Hoje esforçámos-nos muito, mas infelizmente não conseguimos superar a Alemanha. Depois desse afastamento, não posso prever o que vai ocorrer. Só o futuro poderá dizer. Por isso, faço questão de agradecer a ele tudo o que fez por nós", disse M’Bolhi.

Por sua vez, Bouguerra adotou a mesma ênfase de M’Bolhi, mas esbarrou ao discorrer sobe uma "possível" saída do experiente treinador: "No futebol há muitos rumores. Por isso, de qualquer maneira, agradeço em nome da Argélia tudo que o Halilhodzic fez. Foi um trabalho excelente, que nos trouxe visibilidade, disciplina e valores positivos. No final da partida, fizemos questão de o abraçar. Ele merece sair através de uma grande celebração".

Mesmo com a campanha histórica, o trabalho de Halilhodzic nunca foi unânime na Argélia, onde sempre conviveu com críticas e atritos da imprensa.

De acordo com o periódico argelino Le Buteur, uma fonte da federação de futebol local sinalizou que o técnico assinou contrato com o Trabzonspor, da Turquia. Com ele, devem seguir os preparadores físicos Cyril Moine e Sandy Guichar. Assim, o francês Christian Gourcuff deve ser o substituto no cargo.