A Inglaterra e a Itália protagonizam hoje um choque de titãs, que opõe dois campeões mundiais de futebol, no Grupo D do Mundial2014, no terceiro dia da competição, que conta com mais três encontros.

Não obstante o peso da história, as duas seleções não surgem num primeiro patamar de favoritos, sobretudo a Inglaterra há muito arredada do “top” mundial a nível de seleções, mas a Itália, com o seu estatuto de tetracampeã mundial, é sempre uma equipa perigosa, matreira e cinicamente eficaz.

Neste embate específico tem de lhe ser tributado algum favoritismo face à seleção inglesa, não só pela consistência defensiva e cultura tática que caracteriza as equipas italianas, mas também pela classe e experiência do Andrea Pirlo e pelo talento do “enfant terrible” Balotelli, capaz de desequilibrar uma partida num lance de inspiração.

A terceira jornada do Mundial engloba ainda outro jogo do Grupo D, entre o Uruguai, que vai discutir com os dois colossos europeus uma das duas vagas para os oitavos de final, e a Costa Rica, partida em qualquer outro resultado que não o triunfo dos sul-americanos será uma grande surpresa.

De resto, o Uruguai, campeão do Mundo em 1930 e 1950, surge como um “outsider” do Mundial2014, que pode surpreender as seleções historicamente mais cotadas, com um ataque poderoso que conta com os avançados Luiz Suárez e Edinson Cavani, cuja capacidade mete respeito a qualquer adversário.

Disputam-se ainda dois jogos do Grupo C, um dos mais equilibrados da competição, o Colômbia-Grécia e o Costa do Marfim-Japão, cujos resultados se afiguram difíceis de prever.

A Colômbia tem uma das suas melhores gerações, mas a Grécia, comandada pelo português Fernando Santos, é uma equipa fria, que defende muito bem e que joga em contra-ataque, enquanto a Costa do Marfim apresenta argumentos muito superiores em termos de individualidades, mas não tem o rigor, a disciplina tática e a tenacidade dos nipónicos.