O britânico envolvido na máfia de venda ilegal de ingressos para o Mundial, preso na tarde desta segunda-feira no Rio de Janeiro, foi solto esta madrugada, após a justiça acatar o pedido de "habeas corpus" feito pelos seus advogados.

Raymond Whelan foi detido por sob suspeita de ser o chefe de uma quadrilha de cambistas que revendiam bilhetes para o Mundial a preços inflacionados, obtendo lucros de até mil por cento.

A prisão de Whelan foi baseada no Estatuto do Torcedor, que proíbe a venda de bilhetes por preços acima do estampado no bilhete.

O estrangeiro é diretor-executivo da empresa Match, a única credenciada e autorizada pela Fifa a vender pacotes de bilhetes VIP (que incluem hospedagem).

A polícia brasileira já tinha prendido na semana passada outras onze pessoas envolvidas na mesma máfia, entre elas o franco-argelino Mohamadou Lamine Fofana, até então tido como o chefe da quadrilha.

O nome de Whelan nome surgiu após diversas investigações baseadas em escutas telefónicas, autorizadas pela Justiça, que revelaram cerca de 900 ligações entre Fofana e o diretor da Match.

O inglês nega as acusações e disse não possuir qualquer relação com o franco-argelino.

Na segunda-feira, a polícia brasileira apreendeu, no quarto em que Whelan estava hospedado, 82 ingressos para a semi-final e final do Mundial, 2 mil dólares, um 'notebook', e o telemóvel com o qual alegadamente mantinha as conversas com Fofana.