Um grupo de pessoas, descontente com os milhões gastos na organização do Mundial de futebol do Brasil, invadiu terça-feira um recinto em Belém, no estado brasileiro do Pará, onde a taça do torneio estava em exposição.

Além da invasão, os manifestantes também atiraram pedras e pedaços de madeira contra o prédio histórico que albergava o espaço da exposição, forçando a organização a encerrar o evento mais cedo e, como medida de segurança, a retirar do local a taça dourada.

De acordo com o jornal brasileiro Estado de São Paulo, além de protestarem contra a Copa do Mundo, os manifestantes mostraram insatisfação com o recente aumento das tarifas dos autocarros na região metropolitana da capital paraense.

O troféu, conhecido no Brasil como a Copa, está em digressão pelo país organizador do Mundial, que começa a 12 de junho.

Belém, no Pará, foi a 21.ª capital estatal brasileira a receber a "visita" da Taça do Mundo, que seguiu viagem para Teresina, capital do Piauí.

O Tour da Taça no Brasil teve início a 22 de abril, no Rio de Janeiro, e, à semelhança de Belém, em algumas capitais estatais houve manifestações contra a realização da Copa do Mundo.

Em Porto Velho, capital da Rondônia, cerca de 100 pessoas levantarem bandeiras contra o Mundial no Brasil, obrigando à intervenção da polícia antimotim.

O Brasil tem sido palco de manifestações sucessivas e greves contra os baixos salários e condições laborais, protestos conjugados com o movimento "Não vai ter Copa", que está contra o gasto de milhares de milhões de euros na organização do Mundial. O Brasil tem eleições marcadas para outubro, três meses depois do fim do Campeonato do Mundo de futebol.