Com Garay e Rojo no onze e Enzo Pérez no banco (não teria sido mais útil do que Mascherano?), a Argentina entrou no jogo a dominar naturalmente na posse de bola, mas o Irão fechava todos os espaços. Com uma linha defensiva muito baixa, a jogar quase num 4-6-0, os homens de Queiroz anulavam quase por completo Messi e companhia.

Aos 13 minutos, a Argentina encontrou uma rara brecha na defesa iraniana através de um grande passe de Zabaleta, que encontrou Higuaín em boa posição. O avançado ficou perto de marcar mas uma excelente intervenção de Haghighi, guarda-redes do Sporting da Covilhã, evitou o golo da alviceleste.

O guardião iraniano apareceu de novo aos 22 minutos a desviar um remate de Agüero, e logo depois foi Rojo que ficou perto de marcar. O sportinguista cabeceou na sequência de um canto e não acertou no alvo por muito pouco.

Garay apareceu aos 36 minutos, com um cabeceamento perigoso na sequência de um canto que também passou muito perto da baliza de Haghighi. Com pouco espaço para desenvolver o seu jogo, a Argentina apostava nas bolas paradas para procurar o golo. Fernandéz, parceiro de Garay no centro da defesa, também ameaçou a baliza iraniana com um cabeceamento perigoso a partir de um pontapé de canto.

O intervalo chegou a Belo Horizonte sem golos. A música “Happy” de Pharrell Williams ecoava nas bancadas e assentava perfeitamente nos jogadores iranianos, claramente satisfeitos com o nulo. Lionel Messi estava completamente anulado pela estratégia defensiva de Carlos Queiroz.

No arranque da segunda parte, com um Marcos Rojo muito perigoso nas investidas pelo flanco esquerdo, a Argentina tentava de tudo para chegar ao golo. A primeira oportunidade chegou aos 50 minutos, quando Haghighi viu Zabaleta rematar por cima.

Um contra-ataque iraniano quase chocou os adeptos argentinos logo depois. Reza recebe um cruzamento e remata para a primeira intervenção de Romero. Aos 55 minutos aconteceu o momento mais polémico da partida. Reza é desarmado por Zabaleta dentro da grande área argentina e os iranianos pedem grande penalidade. O árbitro sérvio Milorad Mazic, o mesmo do Alemanha 4-0 Portugal, não assinala, mas a decisão é contestável.

Messi apareceu finalmente aos 60 minutos, com uma arrancada pelo corredor central que culmina com um remate colocado a rasar o poste de Haghighi.

Mais atrevido do que na primeira parte, o Irão aproveitava os espaços concedidos pela estratégia argentina para ameaçar as redes de Romero. Hajfasi remata para mais uma boa defesa de Romero aos 64 minutos e logo de seguida aparece o momento de maior perigo do jogo até então.

Surpreendentemente, foi para os iranianos. Dejagah cabeceia para uma impressionante defesa de Romero, que evita males maiores para a equipa das “pampas”.

Claramente ameaçada pelos contra-ataques iranianos, a Argentina só conseguia chegar perto do golo nas bolas paradas. O relógio marcava 73 minutos quando Lionel Messi atirou às malhas laterais de Haghighi a partir de um pontapé livre. De seguida foi Di María quem rematou para mais uma grande defesa do guardião do Sp. Covilhã.

Marcos Rojo, em grande destaque na segunda parte, quase marcava para a Argentina aos 82’, mas o pontapé saiu ao lado. Com as energias canalizadas para segurar um nulo com gosto de vitória, os iranianos ainda conseguiram uma última ameaça aos 86’, com Romero a negar mais uma vez o golo a Reza depois de um contra-ataque rápido.

A partida só ficou resolvida aos 90+1, quando Lionel Messi marcou ao cair do pano. Grande golo da “pulga atómica”, com um remate fabuloso ao canto superior esquerdo da baliza iraniana, sem hipóteses para Haghighi.

Resultado injusto para os homens de Queiroz, que anularam quase sempre os talentos das “pampas” e só falharam nos momentos finais. A Argentina está nos "oitavos", enquanto o Irão continua a sonhar com o apuramento.

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