O governo brasileiro anunciou esta quarta-feira que o custo das obras para o Mundial2014 de futebol deverá ascender a 28 mil milhões de reais (cerca de 9,7 mil milhões de euros), mais 5,6 por cento do que a última previsão.

Em fevereiro, as obras nas 12 cidades que vão acolher o Campeonato do Mundo, que compreendem construção e remodelação de estádios, melhoramentos das redes viárias, de transportes públicos e aeroportos, entre outras coisas, tinham um custo estimado de 26.500 mil milhões de reais (9,18 mil milhões de euros).

Este comunicado surge na sequência de vários protestos que têm ocorrido no Brasil, nomeadamente no Rio de Janeiro, uma das cidades que recebe neste momento a Taça das Confederações de futebol, devido ao anúncio do aumento dos preços dos transportes públicos no país, que gerou uma enorme onda de contestação.

Federico Addiechi, coordenador de responsabilidade social da FIFA, disse na terça-feira que as manifestações que ocorrem no Brasil merecem «aplausos» pois demonstram a «força da democracia» que prevalece no país, onde os cidadãos podem «lutar» pelos seus direitos.

«O direito de protestar é uma grande coisa e podemos ver como isso está a acontecer num país democrático como o Brasil. Está a acontecer durante a Taça das Confederações, mas se fosse no Campeonato do Mundo as pessoas também tinham o direito de protestar e isso merece aplausos», disse.

Estas manifestações têm-se feito em grande número junto aos estádios em que decorrem os jogos da Taça das Confederações, nomeadamente no jogo de abertura, que opôs o Brasil e o Japão, em Brasília, e no México-Itália, que se jogou no domingo, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro e até já levaram a que jogadores como David Luiz ou Daniel Alves se pronunciassem sobre estas. Até mesmo os brasileiros que estão fora do seu país deixam a sua mensagem.