O selecionador do Irão Carlos Queiroz deu uma entrevista ao jornal Público onde falou sobre a atitude de Cristiano Ronaldo há quatro anos, na África do Sul, após a eliminação de Portugal pela Espanha, nos oitavos de final do Mundial.

"Fui seu treinador e amigo dentro e fora do campo. A decisão da sua transferência do Manchester United para o Real Madrid foi tomada em minha casa, em Lisboa, na minha sala de estar, ao lado da minha família (...). Agora, se o Cristiano, num determinado momento da sua vida, entendeu que devia atuar comigo daquela forma, apesar de não esperar, tenho de respeitar. Não me move nada contra ele, mas continuo a pensar que não foi um comportamento oportuno, ajustado e adequado à posição dele como capitão da Seleção. Sinceramente, não gostei e seria hipócrita se dissesse o contrário. Ele, provavelmente, entendeu que era aquilo que eu merecia na altura. Só ele o poderá dizer, nunca mais tivemos contactos", contou o treinador português.

Os dois voltam a coincidir na maior prova de seleções e para Queiroz Portugal só terá hipóteses se Ronaldo estiver no seu melhor

"Portugal não pode pensar em ter sucesso com o “não” Cristiano Ronaldo do Mundial de 2010. Se jogar como jogou com a Espanha, nos oitavos-de-final [em que Portugal foi eliminado por 1-0], onde não fez um sprint nem um drible, será mais complicado. Para Portugal chegar longe no Brasil, precisamos da melhor versão de Ronaldo. Só ele poderá fará a diferença, mas se se exibir como na África do Sul teremos menos chances", disse durante a entrevista, que foi feita antes do jogo com a Alemanha (4-0).