As obras do estádio Arena Amazónia, em Manaus, onde Portugal vai defrontar os Estados Unidos no Mundial2014 de futebol do Brasil, continuam paradas, depois de um operário ter morrido na madrugada do último sábado.
De acordo com a agência France-Presse (AFP), o Ministério Público do Trabalho (MPT) brasileiro continua a inspecionar as instalações e só no final, caso considere que existem condições, dará “luz verde” para que as obras sejam retomadas.
No mesmo dia do acidente, o MPT interpôs um pedido oficial de interrupção das obras, invocando o «incumprimento das normas de segurança» e o «quadro de reincidência confirmado pelas mortes recentes dos trabalhadores, vítimas de acidente de trabalho nas mesmas condições».
Esta foi a segunda morte de um operário nas obras do Arena Amazónia, em circunstâncias idênticas, no espaço de nove meses.
Segundo a empresa responsável pela construção do recinto, a Andrade Gutierrez, um operário trabalhava durante a madrugada na montagem da cobertura do estádio, tendo caído de uma altura de aproximadamente 35 metros.
O operário, que tinha 22 anos, ainda foi levado para um hospital da região com vida, mas acabou por não resistir aos ferimentos.
De acordo com o MPT, a Andrade Gutierrez arrisca uma multa diária de 100.000 reais (cerca de 31 mil euros) se não cumprir os requisitos de segurança no local.
O estádio Arena da Amazónia é o palco do segundo jogo de Portugal no Grupo G, frente aos Estados Unidos, a 22 de junho.
Para o Arena Amazónia estão também marcados os jogos Camarões-Croácia (18 de junho, Grupo A), Inglaterra-Itália (dia 15, Grupo D) e Honduras-Suíça (25 de junho, Grupo E).
A FIFA tinha estipulado o fim do mês de dezembro como limite para a conclusão dos vários estádios inacabados, mas já disse que mantém «a confiança» de que os recintos estarão prontos «a tempo» do Mundial.
Ao todo, cinco pessoas já morreram nas obras dos estádios que vão receber o Campeonato do Mundo de 2014, que arranca a 12 de junho e termina a 13 de julho.