O português Pedro Proença, mesmo sendo dos mais veteranos, é um dos muitos estreantes entre os 25 árbitros nomeados para o Mundial2014 de futebol, dos quais apenas seis repetem a presença relativamente à edição de 2010.
O inglês Howard Webb, árbitro da final do Mundial realizado na África do Sul, é um dos repetentes, em conjunto com o mexicano Marco Rodriguez, o uzbeque Ravshan Irmatov, o japonês Yuichi Nishimura, o salvadorenho Joel Aguillar e o neozelandês Peter O'Leary.
A FIFA promoveu uma verdadeira “limpeza de balneário” para a edição deste ano e Pedro Proença é um dos 19 juízes que vão arbitrar pela primeira vez na fase final, “substituindo” Olegário Benquerença, presente em 2010, como representante da arbitragem portuguesa.
Depois de em 2012 ter arbitrado a final da Liga dos Campeões e do Campeonato da Europa, Pedro Proença é um dos mais sérios candidatos a dirigir o jogo decisivo do Mundial, o que, a acontecer, torná-lo-ia no primeiro juiz português a consegui-lo.
Cada árbitro vai ser acompanhado pela habitual dupla de assistentes, que é constituída por Bertino Miranda e Tiago Trigo no caso de Pedro Proença, um dos mais experientes entre os 25 nomeados.
Nove anos separam os juízes mais jovens dos mais velhos, com Bakary Gassama, da Gâmbia, e o colombiano Wilmar Roldan, ambos com 34 anos, a assumirem-se como os novatos, e Pedro Proença, o espanhol Carlos Velasco Carballo, o costa-marfinense Noumandiez Doue e o argelino Djamel Haimoudi, todos com 43, como os veteranos.
Como habitualmente, a Europa volta a ser a maior “fornecedora” de árbitros para a fase final, com nove designados, apesar de ter perdido uma posição relativamente a 2010, em consequência da redução do número de juízes, de 30 para 25.
Entre os nove árbitros europeus, há dois que Portugal pode reencontrar no Brasil: Howard Webb e o italiano Nicola Rizzoli, que dirigiram os dois jogos dos “play-offs” com a Suécia, que a equipa lusa venceu por 1-0 e 3-2, graças aos quatro golos marcados por Cristiano Ronaldo.
A federação continental mais representada no quadro de árbitros a seguir à Europa é, também como habitual, a América do Sul, com cinco juízes, seguindo-se a Ásia, com quatro, África e América do Norte, ambos com três, e Oceânia, com um.
Entre os árbitros sul-americanos, todos estreantes, destaca-se o brasileiro Sandro Ricci, que substituiu o histórico compatriota Carlos Simon, um raro exemplo de longevidade, pois esteve presente em três fases finais.
Pela primeira vez desde 1974, não estará nenhum árbitro francês, pois Stephane Lannoy, que dirigiu o jogo entre Israel e Portugal (3-3) na fase de apuramento, foi um dos descartados da longa lista de pré-designados.
A FIFA selecionou mais oito juízes suplentes, entre os quais não está nenhum português, para a eventualidade de algum elemento do quadro principal ser dispensado, o que poderá acontecer caso falhe os testes de aptidão física.