Os polícias antimotim do Estado do Rio de Janeiro fizeram hoje um simulacro para mostrar a sua preparação para enfrentar manifestações violentas que possam ocorrer durante o Mundial2014 de futebol, que começa a 12 de junho.

Cinquenta elementos da força, conhecida como Batalhão de Choque, simularam diante da imprensa internacional, no Rio de Janeiro, uma manifestação violenta, enquanto outros dos seus companheiros demonstravam a resposta que poderá ser dada, por ar, a pé e em veículos especiais.

No decorrer do simulacro, que foi realizado perto do sambódromo, um helicóptero ocupou-se com a retransmissão em direto das imagens do protesto para uma unidade móvel da polícia, que tem como objetivo um controlo mais eficaz dos manifestantes.

O corpo especial da Polícia Militarizada (PM), formado por mil agentes, mostrou aos jornalistas a sua forma de atuar face a protestos violentos, tendo inclusivamente lançado granadas de gás lacrimógeneo aos manifestantes fictícios e deteve dois deles.

Os polícias explicaram também o tipo de materiais que empregam habitualmente para reduzir os manifestantes violentos, tais como gases pimenta, lacrimógeneo e balas de goma.

O comandante do Batalhão de Choque, André Vidal, assegurou que "as rotinas de preparação do corpo estão a intensificar-se com vista ao Mundial2014", investindo em "mais horas de preparação", embora com o mesmo número de efetivos.

Sobre as possíveis manifestações violentas durante o Mundial do Brasil, que decorre entre 12 de junho e 13 de julho em 12 cidades, o comandante disse prever menos protestos do que aqueles que houve durante a Taça das Confederações, em 2013, embora admitindo que é necessário que a força esteja "preparada para o pior".