O presidente do sindicato internacional de futebolistas profissionais (FIFPro) desvalorizou esta quinta-feira as críticas do presidente da Associação das Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL) ao mundial do Qatar de 2022, apelidando-os de “chorões profissionais”.

“As recentes declarações de Frédéric Thiriez [presidente da EPFL] (…) a propósito do mundial de futebol de 2022 e da muito provável decisão de o realizar no inverno no Qatar devem ser entendidas apenas como um apelo a uma compensação financeira e nada mais. A FIFA compreendeu-o bem (…) remetendo os chorões profissionais aos seus queridos estudos”, disse.

Admitindo que jogar no inverno “não é uma boa solução”, Philippe Piat considerou que esta é “a menos má de todas”, sendo igualmente a que “protege a integridade física dos jogadores”.

O presidente da EPLF defendeu em entrevista esta semana que o período recomendado pelo grupo de trabalho da FIFA para a realização da prova – novembro/dezembro de 2022 – é “a pior solução” para os campeonatos europeus.

Karl-Heinz Rummenigge, patrão da Associação Europeia de Clubes (ECA), defendeu mesmo que os clubes “deverão ser indemnizados” caso esta decisão seja consumada pelo comité executivo da FIFA. O secretário-geral da FIFA, Jérome Valcke, já veio afastar esse cenário, afirmando que os clubes têm “sete anos para se organizar”.

A data tradicional de disputa de um Mundial de futebol tem sido junho/julho, mas desta vez os organizadores querem abrir uma exceção, disputando-se em novembro/dezembro, face às altas temperaturas no Qatar nos meses de verão.

A mudança de data deverá ser confirmada pela FIFA na sua reunião de 19 e 20 de março, em Zurique.