Antônio Raimundo Pereira da Silva, 63 anos, e Edvalso Corsi, de 74 anos, dois brasileiros de Minas Gerais, já viram, ao vivo, oito Mundiais de futebol. Por si só, é um feito, mas um 'feito' ainda maior é o facto de poderem não estar na próxima 'Copa'. Sim, a do próprio país.

"Corro o risco de não assistir ao Mundial na minha própria casa. Não tem ingressos, os hotéis estão caríssimos e as passagens aéreas também. É lamentável que o mais fácil acabou se tornando o mais difícil", contou Edvalso Corsi ao UOL Esporte, que esteve nos Mundiais da Argentina, Espanha, México, Itália, Estados Unidos, França, Alemanha e África do Sul, confessando que 'saltou' o da Coreia-Japão "porque era muito longe e a língua muito difícil", falhando o 'penta'.

Os dois brasileiros fazem parte de um grupo de oito amigos que há 36 anos, a cada quatro anos, reservam uns dias para estar no Mundial de futebol. E tudo começou porque um jogador que era conterrâneo deles foi chamado para a seleção brasileira e esteve nos Mundiais de 1982 e 1986. 

O preços alto de bilhetes e hotéis pode inviabilizar que não vejam a maioria dos jogos do Brasil. Para já, conseguiram bilhetes para o Camarões-Brasil, último jogo da fase de grupos. 

"O pior é que se o Brasil conquistar o hexa aqui na nossa casa também não vamos ver [não estiveram na Coreia-Japão] e teremos que adiar esse sonho para 2018, na Rússia, se eu estiver vivo...", frisou Corsi.