A justiça brasileira pronuncia-se hoje sobre a legalidade da greve dos funcionários do metro de São Paulo, a qual ameaça perturbar o arranque do Mundial de futebol naquela cidade brasileira de 20 milhões de habitantes.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) reúne-se em audiência a partir das 10h00 locais (14h00 em Lisboa) para decidir se esta greve, que afeta três das cinco linhas da rede de metro da cidade, é abusiva ou legal.

“Independentemente do que vier o tribunal vier a decidir esta manhã, nós votaremos em assembleia-geral se vamos continuar ou não com a greve”, afirmou, esta noite, o porta-voz do Sindicato de funcionários do metro, em declarações à agência AFP.

Os grevistas ameaçaram, este sábado, prosseguir com a paralisação durante o Mundial de futebol, que arranca na próxima quinta-feira, dia 12.

"Enquanto tiver força, o movimento vai continuar, e é possível que se prolongue até ao Mundial", disse o porta-voz do sindicato dos funcionários do metro, Rogério Malaquias.

Na reunião de conciliação que teve lugar na sexta-feira - a quinta de negociação entre as partes -, os trabalhadores mantiveram a reivindicação de um reajuste salarial de pelo menos 12,2%, não aceitando a contraproposta de 9,5% apresentada pelo governo do estado de São Paulo.

Segundo o sindicato, a greve teve a adesão de 90 a 95% dos 9.500 funcionários e inclui os operadores de comboios, segurança e manutenção.

O metro é o meio de transporte mais prático para chegar ao Arena Corinthians, o estádio que vai receber o jogo de abertura do Mundial, entre o Brasil e a Croácia, que se disputa na quinta-feira, onde são esperados 66 mil espectadores, incluindo a Presidente brasileira, Dilma Rousseff, e 11 chefes de Estado.