O Brasil terá, a partir de sábado, o principal teste às infraestruturas construídas para receber o Mundial de futebol 2014, com o arranque da Taça das Confederações, um torneio com oito seleções.

O evento vai decorrer em seis cidades, metade do número de municípios que será utilizado no Mundial: Brasília, no centro-oeste do país, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, no sudeste, e Fortaleza, Salvador e Recife, no nordeste.

A primeira partida será em Brasília, às 16:00 horas (20:00 em Lisboa) de sábado, entre o anfitrião Brasil e o Japão, sendo que, até 30 de junho, também evoluirão nos relvados brasileiros México, Itália, Espanha, Uruguai, Taiti e Nigéria.

No total, foram colocados à venda 833.340 ingressos para o público, a dividir pelas 16 partidas, 12 da primeira fase (dois grupos de quatro), duas das meias-finais, o jogo do “bronze” e a final, no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro.

A Taça das Confederações não serve necessariamente de “termómetro” para as equipas, pois nenhum vencedor da competição ganhou o Mundial seguinte, mas, para as cidades-sede, a competição serve para ver o que foi bem e mal feito.

Ao longo da competição, vão ser testados aspetos como transportes, limpeza, segurança, apoio médico, logística com o público e tecnologia de informação.

O governo brasileiro já informou que 45 mil agentes de segurança vão trabalhar no torneio, entre polícia civil, militar e federal, bombeiros e guardas-municipais. O seu desempenho irá determinar o contingente que será usado no Mundial2014.

Os seis estádios da Taça das Confederações foram “entregues” a tempo e testados em partidas particulares ou regionais, mas os adeptos que comparecerem ao evento ainda verão cidades com obras por terminar.

Entre as mudanças prometidas nessas seis sedes e ainda não feitas estão melhoramentos em aeroportos, construção de estações e corredores de autocarros, alargamento de vias e inauguração de sistemas de metro, entre outras. No Rio de Janeiro, faltam também as reformas em redor do Estádio Maracanã.

Foram investidos cerca de cinco mil milhões de reais (1,8 mil milhões de euros) nos seis estádios já entregues. As outras seis cidades-sede do Mundial correm para terminar os seus estádios até dezembro - o custo dos 12 locais chega a 7,8 mil milhões de reais (2,7 mil milhões de euros).

O investimento total no Mundial, incluindo as obras de infraestrutura, ultrapassa os 25 mil milhões de reais (8,8 mil milhões de euros).